a opinião parece-me tão generalista como a que ele critica: há de tudo. sempre houve quem saísse por necessidade, sempre houve quem saísse por ambição e curiosidade. conheço dos dois casos e no segundo, algumas pessoas ficam mesmo angustiadas por terem que viver fora e terem que criar a família longe de portugal.
Fuschia, eu revejo-me completamente nas palavras dele, e todas as pessoas que conheci na Holanda até hoje, saíram por ambição e curiosidade. Quem saiu por necessidade, posso-te dizer que são poucas as pessoas que não estão à rasca. Só uma nota, nos casos de quem saiu por ambição e curiosidade e levou a família atrás, normalmente quem está angustiado é o conjuge que foi arrastado pro desafio. Pq se ambos estiverem angustiados, não saem de PT. Mas também acontece muito que foram por esse motivo, e quando começaram a ter filhos quiseram voltar pra Portugal e não conseguiram fazer o regresso, não só pq vêm muitas vezes de "cavalo pra burro", mas porque há um dos conjuges que não quer sair do País de acolhimento… Infelizmente, tenho que confessar, que a emigração que conheci no último ano, é da necessitada, e estou muito preocupada confesso-te, porque as pessoas estão a ir à aventura como se o resto da Europa fosse um mar de oportunidades e Portugal um buraco, e vejo que se estão a espetar à grande, a gastar o dinheiro todo, e a contar tostões pra sobreviver na tangente, e com vergonha de empreender o regresso. Até pq vendem tudo, e não têm pró que voltar….nem onde trabalhar, viver, ficar, etc. Seriamente preocupada, digo-te.
É um bocado (imagino eu) como aqueles brasileiros que vinham para Portugal à procura das oportunidades douradas e chegavam cá e esbarravam com dificuldades em perceber a (própria) lingua, numa cultura preconceituosa com brasileiros e com empregos que variavam entre limpezas, cafés e lojas. É claro que há excepções, quando se é especialista nalguma coisa, o caso pode ser diferente, mas quem vai à procura de um emprego genérico (lojas, etc) não sei se tem uma vida conforme as expectativas que leva.
Nem mais. Só que a Europa em geral está farto de emigrantes. E qdo os emigrantes são qualificados como eu, comem e engolem e agradecem a nossa presença, até pq nós não temos geralmente fés vincadas, e não andamos a fazer grafittis ou a assaltar casas. Mas com a abertura da Europa à Roménia, à Búlgaria e à Polónia, ….. os nórdicos estão-se a fechar à emigração, hj em dia pra arranjares emprego na holanda pedem-te quase que obrigatóriamente que fales a língua, exactamente por causa do fluxo enorme de leste para sul…. Não está nada, nada, mas nada fácil. E depois "comem todos por tabela", até o belo do Tuga. Eu que sou uma optimista, digo-te que esta situação duma Europa sem fronteiras qual EUA, não sei se vingará até ao fim…
a opinião parece-me tão generalista como a que ele critica: há de tudo. sempre houve quem saísse por necessidade, sempre houve quem saísse por ambição e curiosidade. conheço dos dois casos e no segundo, algumas pessoas ficam mesmo angustiadas por terem que viver fora e terem que criar a família longe de portugal.
Fuschia, eu revejo-me completamente nas palavras dele, e todas as pessoas que conheci na Holanda até hoje, saíram por ambição e curiosidade.
Quem saiu por necessidade, posso-te dizer que são poucas as pessoas que não estão à rasca.
Só uma nota, nos casos de quem saiu por ambição e curiosidade e levou a família atrás, normalmente quem está angustiado é o conjuge que foi arrastado pro desafio. Pq se ambos estiverem angustiados, não saem de PT. Mas também acontece muito que foram por esse motivo, e quando começaram a ter filhos quiseram voltar pra Portugal e não conseguiram fazer o regresso, não só pq vêm muitas vezes de "cavalo pra burro", mas porque há um dos conjuges que não quer sair do País de acolhimento…
Infelizmente, tenho que confessar, que a emigração que conheci no último ano, é da necessitada, e estou muito preocupada confesso-te, porque as pessoas estão a ir à aventura como se o resto da Europa fosse um mar de oportunidades e Portugal um buraco, e vejo que se estão a espetar à grande, a gastar o dinheiro todo, e a contar tostões pra sobreviver na tangente, e com vergonha de empreender o regresso. Até pq vendem tudo, e não têm pró que voltar….nem onde trabalhar, viver, ficar, etc. Seriamente preocupada, digo-te.
É um bocado (imagino eu) como aqueles brasileiros que vinham para Portugal à procura das oportunidades douradas e chegavam cá e esbarravam com dificuldades em perceber a (própria) lingua, numa cultura preconceituosa com brasileiros e com empregos que variavam entre limpezas, cafés e lojas. É claro que há excepções, quando se é especialista nalguma coisa, o caso pode ser diferente, mas quem vai à procura de um emprego genérico (lojas, etc) não sei se tem uma vida conforme as expectativas que leva.
Nem mais. Só que a Europa em geral está farto de emigrantes. E qdo os emigrantes são qualificados como eu, comem e engolem e agradecem a nossa presença, até pq nós não temos geralmente fés vincadas, e não andamos a fazer grafittis ou a assaltar casas.
Mas com a abertura da Europa à Roménia, à Búlgaria e à Polónia, ….. os nórdicos estão-se a fechar à emigração, hj em dia pra arranjares emprego na holanda pedem-te quase que obrigatóriamente que fales a língua, exactamente por causa do fluxo enorme de leste para sul…. Não está nada, nada, mas nada fácil. E depois "comem todos por tabela", até o belo do Tuga.
Eu que sou uma optimista, digo-te que esta situação duma Europa sem fronteiras qual EUA, não sei se vingará até ao fim…