No come back, é só o que me vai na alma
Penso em posts todos os dias, falo com quem ainda me lê, God knows why, diariamente. Imagino, penso, mas não escrevo… tenho N posts feitos sobre as minhas mil viagens, sobre as aventuras do regresso, os meus pensamentos e sentimentos mais profundos, mas vou deixando passar… dia, após dia, como a vida, como ella misma...
Tenho tanto contido no meu coração, na minha alma, mas de algum modo vou adiando a escrita, como se algo pudesse apenas “jinx it”…
Regressei a Portugal definitivamente em 2018, tentei ser empresária, mas não é claramente a minha praia, e voltei às Multinacionais. Continuo azul, mas em vez de IBM dark blue, sou agora NOKIA blue.
Estou muito agradecida à NOKIA por ter uma oportunidade única de fazer o que sempre quis, no tipo de função que sempre imaginei, a partir do nosso rectângulo. Agradeço todos os dias a oportunidade duma função que só imaginava possível se vivesse no UK, Holanda, ou EUA.
Miracles can happen, and if you wish (and work!) really hard, it can happen for you too.
Trabalho diariamente com outros ex-emigrantes, partilhamos histórias e conhecimentos, gargalhadas e frustrações com a compreensão que só nós temos. Para mim, é um privilégio apenas sonhado. Quantas vezes não disse, quem me dera que esta malta Tuga se juntasse em Portugal, íamos fazer uma diferença do caneco!! And guess what, dreams do come true!!!
Tenho uma das minhas pessoas que me encontrou, he googled me, e que na nossa primeira reunião me disse que tinha lido o Andorinha… omg… mas eu tenho tanto orgulho neste meu diário que a única coisa que me ocorreu foi: vais ver que não sou perfeita, mas que sou boa “pessoinha” 😀 e pensei novamente… devia voltar a escrever…
Enfim, all and all, profissionalmente estou contente, tenho tudo o que pedi e a partir de Portugal. Reclamar não só não é opção, como além de ingrato, seria extremamente ESTÚPIDO.
Daqui a uns anos voltarei a este post e pensarei: this is why you did it. E vou recuperar o sentimento 🙂
Sair da IBM foi provavelmente a decisão mais difícil que tomei na minha vida, não foi uma decisão profissional, foi exclusivamente pessoal sobre onde queria viver. Cresci e tornei-me no que sou profissionalmente dentro de uma empresa à qual dei suor e lágrimas e não me arrependo duma única gota derramada, valeu cada uma. Tenho um orgulho incomensurável de ter sido IBMer, serei sempre ex-IBMer, serei sempre dark blue, e serei sempre grata a todos os que me ensinaram a ser melhor, e ser o que sou hoje.
Mas agora, é uma nova época, e faço questão de ser melhor, e de contribuir para um novo sucesso. No mínimo, serei boa Chefe, assim o espero. Não perfeita, mas boa.
Profissionalmente, está o update feito. Venha de lá o update pessoal!
Sou muita coisa, Amiga, Titi, Irmã, Filha. Novamente, não sou perfeita, mas tento ser o melhor que posso….
Como Tia, sou a Titi remota, porque o meu Xubinho, que já falava Mangolê, agora vai falar Zuca, mas tenho a alegria de constatar, again, God knows why, o Santi adora-me e vem a correr falar comigo quando ligo, mesmo que seja para “me deixar pousada em cima da mesa”, que é como quem diz, deixar o telemóvel, enquanto me mostra o brinquedo novo 😀 ou me mostra a coreografia da música nova que aprendeu. Viva o baby shark… 😀
A Titi é palhaça q.b. e usa os bonecos do messenger pra fazer a coisa fluir, o que fazer com um miúdo de 2,5 anos?? E vai visitá-lo em Junho, e aproveitar dias de piscina aquecida e chuvinha da boa em São Paulo. E sim, ser Tia é ESPECTACULAR, e continuo a adorar. O Sogro do meu irmão disse-me no outro dia, com muita graça, “Sofia, deste uma volta de 180 graus como Tia!” ao que eu respondi: mas qual é a dúvida? O puto já não come caga e dorme! Ele agora comunica, pra mais é papagaio e palhaço (sai ao Pai e tira à Tia!), qual é a dúvida???
Momentos Titi e Xubinho: casa de banho, ele faz “cobras” enquanto mostra à Titi como sabe contar em inglês até 10 😀 e depois constata: fiz uma “coba muita gandeeee”!!!
Os meus três Estarolinhas fizeram uma sessão fotográfica com a Molly & Jack e mostraram que a idade não conta! A minha Petzi já tem 11 anos, e o Bitoque e a Juicy 8, e apesar dos contratempos (Bitoque com diabetes e Juicy com Cushing), estão lindos de morrer e recomendam-se! Continuam a encher o meu coração, e encontraram na Cãomila as melhores pessoas para compensar as ausências da dona destrambelhada que tem um novo emprego.
Este ano vou a São Paulo e da Índia ao Nepal com a Nomad, e a ver se é desta que vos publico as minhas andanças… no ano passado fui à Geórgia e à Arménia, e recomendo MUITO Tiblisi, MUST GO!!!
O Mano tem saúde dentro do possível, o Pai e a Mãe também, e cá vamos andando, felizes e agradecidos de cá estarmos todos juntos para nos atazanarmos em conjunto.
Voltarei, quando me der na guelha 😉
De onde menos esperas, vem a luz de que precisas.
E há aqueles telefonemas inesperados, de um amigo que um dia me disse que o médico lhe tinha diagnosticado Autismo, ao que eu respondi: that can not be true. You care for others. E que hoje me ligou “because he does care”, do nada, e foi capaz de partilhar o que sentia e fazer-me sentir normal, capaz e estruturada, que era mesmo o que eu precisava. E ainda me disse: não há nada de errado com a tua forma de ver as coisas, é lógico, tem um motivo que é tu precisares de estrutura, e é the Dutch way, porque estaria errado?
Eu aprendi muita coisa na Holanda, e não vou perder o que aprendi para reaprender maus hábitos Portugueses.
Apesar de lho ter dito, eu acho que ele não conseguiu perceber o QUÂO agradecida eu estou e o QUANTO me ajudou. Longe, mas perto, um telefonema pode fazer toda a diferença.
Thanks HB, you rock!!!
Uzbequistão – Samarcanda, Tashkent, Khiva, Bucara – um sonho concretizado
Em Andijan (a primeira cidade depois da fronteira com o Quirguistão) é muito fácil sentirmo-nos uma estrela de cinema, todos nos sorriem (com os dentes de ouro superiores em carreirinha) e dizem adeus, desejam-nos boa viagem, falam connosco em Uzbeque ou inglês (poucochinho), dizem-nos “welcome to Uzbekistan” e são muito, mas mesmo muitíssimo simpáticos!!
Aliás, a simpatia começou na fronteira.
Assim que saímos da China e entramos no Quirguistão notamos logo a diferença, mas entrar no Uzbequistão é toda uma outra dimensão! Os guardas fronteiriços sorriam com os dentes todos, perguntaram-nos se era a nossa primeira vez no País e pediram-nos pra voltarmos mais vezes. Sorriam muito, esforçaram-se por nos falar em inglês ou por gestos e diziam welcome to Uzbekistan, we hope you like our country!
Com uma entrada destas na fronteira, o pedido do nosso taxista (que era surdo) duma foto – o homem ficou todo feliz e orgulhoso -, e a recepção ultra calorosa no mercado de Andijan, estou rendida! Ainda mal comecei e já sei que um dia vou voltar ao Uzbequistão!
No mercado tivemos a ideia de oferecer ao nosso líder um ramo de rosas, em formato de coração, e cheio de gliters 😂 para que ele se sentisse apreciado e tivesse de espalhar brilho por onde passasse 😂, porque o nosso líder é Brilhante!!
O que nós nos divertimos a escolher o ramo foi priceless! O vendedor não percebia porque é que nos ríamos tanto, mas sorria.
O Pedro ficou entre o “adorei” e o “vão-se lixar que agora tenho de carregar o ramo até onde?”! 😂Valeu imenso a pena porque no fundo, também ele, é uma manteiga derretida e quem não gosta de se sentir valorizado?
À entrada da estação de comboios tivemos outro episódio que mostra a candura desta gente que nos diz “Portugal! Ronaldo! Lissabon!”. A Maria João trouxe quase um kilo de areia do deserto nuns saquinhos, vem desde a China com aquela tralha, mas só hoje a mandaram parar no raio X. Quando abriu a mala dizia: areia! Deserto! Desert! Sand!
Eles não estavam a perceber o que era aquilo, até que a Vera se lembrou de mostrar uma foto das Dunas … e deixar os homens à gargalhada. Ainda eles não se tinham recuperado passo eu e mandam-me parar. Abri a mala e diz o Senhor Polícia “china”? Eu tiro de lá duas caixinhas, uma com um guerreiro de terracota e a outra… com uma lâmpada de Aladino, que o guarda tira pra fora, esfrega e a rir-se faz o gesto do génio a sair da lâmpada, diz “puuuuufffff”e entrega-ma com uma bela gargalhada e um sorriso ainda maior!
A barreira linguística é tramada, pra sabermos qual dos pratos era borrego tivemos que fazer “méééh” e “muuuu” no restaurante enquanto apontávamos pra lista, no raio X mostrar fotos de dunas e jogar pictionary com os guardas, mas com a alegria desta gente, tudo se supera, mesmo o calor dos ananazes!!
Caso ainda não tenham percebido, estes 3 textos foram escritos durante a viagem, enquanto me deu vontade e tive tempo e inspiração.
Não descrevem o trajecto, não vos ajudam a fazer a viagem, mas explicam-vos o povo que vos espera nestes países, e o quanto vale imenso a pena percorrer a Rota da Seda.
Na continuidade do trajecto pelo Uzbequistão, fomos até Bucara onde vimos a deslumbrante Madrassa Miri-i Arab, em Taskhent e Samarcanda quase ficamos cegos com a beleza do Mausoléu e da Mesquita de Bibi Hanim, e em Khiva vimos uma espécie de “Óbidos” da Ásia Central, com tudo perfeito e imaculado, maybe a bit too perfect, just saying….
Os nossos amigos iam-nos atirando dum muro abaixo pela quantidade de vezes que dissemos “no Irão….”, porque é impossível conhecermos uma parte da antiga Pérsia sem nos lembrarmos do berço da mesma, a influência e as semelhanças são gritantes, não há hipótese. A diferença é que o Irão foi mais bem tratado pelos terramotos e guerras que teve, além de que tem claramente muito mais dinheiro para pagar a restauradores de qualidade. Os restauros no Uzbequistão foram claramente mais invasivos e re-estruturantes – será que podemos culpar os Russos? – e os grandes edifícios têm um ar demasiado limpo e organizado p’ra foto do turista. São bonitos, mas têm o tal ar: demasiado perfeito e pouco original.
Mas eu gostei mesmo muito do Uzbequistão, e não me importaria nada nada de lá voltar. Principalmente com o grupo excepcional que nos tocou, que se deu tão lindamente que ainda hoje, não só combinamos amiúde jantares e copos, como vamos viajar juntos pro Cáucaso! Tenho a certeza que esta viagem não teria sido tão fantástica se não fossem eles, e o nosso querido Líder Pedro, sempre pronto pra alinhar e descontrair connosco. O meu sentido obrigada a todos eles pela alegria de 3 semanas gloriosas!
Para acabar, uma dica e um alerta sobre os vôos: se voarem com escala na Rússia, lembrem-se que precisam de visto russo caso necessitem de voar entre S. Petersburgo e Moscovo. Apesar de não sairmos do aeroporto, temos que ter um visto para podermos apanhar um vôo interno e passar do “espaço internacional” para o interno. Nós distraímo-nos e a brincadeira saiu-nos cara, 400 euros mais cara, para ser precisa. Estejam e sejam mais atentos que nós 🙂
Quirguistão – uma pérola escondida
O Quirguistão é lindo de morrer e eu não sabia. Fizemos as montanhas de boca aberta, paramos sempre que pudemos até chegar a uma aldeia perdida nas montanhas, cheia de casas com telhados de chapa.
As pessoas são simpáticas, embora o ambiente se pareça ao fim do mundo, e se veja claramente que, apesar do frio, é verão. Nem quero imaginar a temperatura no Inverno, deve andar nos -20 de certeza… e não vi aquecimento central.
É nesta altura da viagem que é suposto ficarmos num Yurt, mas infelizmente faleceu a filha do Senhor do Yurt e ficamos numa guest house, muito confortável, amarelo torrado. Afogamos as gargalhadas em vodka que compramos no supermercado local, uma mercearia como no antigamente, com meia dúzia de items em exposição mas onde não falta nada, dos rebuçados pros miúdos ao sabão clarim cá do sítio. Passamos antes pelo “restaurante” que mais não é que um pré-fabricado com 6 mesas, mas que faz lembrar um tasco no Alasca. Experimentámos a cerveja local e bebemos nescafé.
O jantar foi servido com requinte na guest house, numa salinha privada só pra nós, sentados no chão em volta duma mesa bem baixinha. Eu nem gosto de vodka, mas em roma sê romano, e claramente…exagerei.
O dia seguinte foi passado em Osh, outra cidade engraçada com um bazar tão imenso que tenho a certeza que dele só vimos metade, mal disposta e com azia, mas sempre com grande animação.
Mais um ponto imperdível da Rota da Seda, percorrer as montanhas do Quirguistão e imaginar os meses que não deveria levar a atravessar este País, e as intempéries que os viajantes enfrentavam. Vida fácil a nossa de hoje, vida dura a do antigamente. Enquanto nós nos deslumbrávamos com a beleza pela janela quentinha do nosso carro, eles sofriam horrores com o frio e os assaltantes e só queriam chegar vivos ao outro lado.
Os Quirguies de hoje em dia também não devem viver num mar de rosas, isolados nas montanhas dedicados ao gado que transuma continuamente pela estrada, ovelhas, vacas, burros, cães pastor, yacks, todos se espraiam pelo espaço que deveria ser dedicado aos carros e sem remorsos. Como em todo o lado, fogem da rudeza da vida no campo e concentram-se cada vez mais nas cidades, havendo cada vez menos nómadas. Em Osh tudo se vende, literalmente tudo, no mercado a perder de vista, cheio de homens e mulheres locais que nos olham com curiosidade. Vende-se de tudo, de preferência fakes multi-marca. Uns ténis podem ser simultaneamente Abibas (Adidas) e Poma (Puma), com vários símbolos que se mostram consoante a perspectiva do curioso avaliador da classe: quantos mais símbolos, mais classe!!
Há uma mistura imensa de etnias, dizem que 80. Uns parecem mais chineses, outros têm olhos claros como os russos e há ainda quem esteja muito próximo fisicamente dos mongóis, mas todos são Quirguies, e todos nos trataram bem.
China – ou se adora ou se detesta, não há meio termo. Eu gostei!
Sabem aquela coisa do “blend in”, do “ah e tal até me perguntaram se eu era local”? Na China esqueçam 😂
Obviamente impossível.
O que sim é possível, é passar horas infinitas a observar este povo:
- como os casais novinhos andam na rua de braço dado, com eles a carregar as compras delas e a carteira/mala das madames, que usam bandoletes com orelhas de gato brilhantes, de diabo vermelhas e tules, rendas, mais tules, mais desenhos;
- como se sentam na sua posição de cócoras para descansar (se nunca experimentaram façam-no…é impossível a um ocidental manter o equilíbrio e apertar as articulações assim…);
- como falam, que mais parece que estão sempre a mandar vir uns com os outros;
- como se comunicam connosco por gestos e se riem à farta;
- como nos tiram fotografias à sucapa e ficam envergonhados como crianças de 3 anos quando os apanhamos (o que mais gosto é de lhes ficar a dizer adeus ou espetar o dedinho em sinal de “fixe” 😁);
- como se vestem super bem e com elegância – apenas aqueles que percebem que mais é menos;
- como são efectivamente milhões de pessoas e tudo está sempre cheio e ao barrote, mas ninguém tropeça em ninguém!
Outras impressões soltas, mas que foram efectivamente as mais marcantes neste povo tão diametralmente diferente de nós:
- Custa ultrapassar o nojo constante cada vez que os ouvimos a “puxar a culatra atrás” e escarrar com uma violência atroz, tanto homens como mulheres, é arrepiante e dá imensa vontade de vomitar!
- As lojas de telemóveis que são pra lá de milhares, … juro que não compreendo como podem todas fazer negócio. Mas e daí… são milhões de Chineses, logo…
- A comida deliciosa que me põe a comer sopa com dumplings logo de manhã e adorar, eu, que não sou capaz de comer nada até às 11 da matina….mas que faz com que termine cada refeição com o estômago aconchegado.
- Não falam um cú de inglês mas comunicam connosco em chinês até verem nos nossos olhos que efectivamente não os estamos a perceber… e aí mudam pra linguagem gestual e conseguem-se fazer entender!!
- O sorriso amarelo foi inventado na China…
Em Xijang a coisa muda de figura, há Yugurs de olhos verdes, muito simpáticos, crianças a correr pelas ruas, com os mais velhos a arreliarem os mais pequenos, putos de ano e meio, dois, sozinhos a passear sozinhos pelas ruas como no Portugal dos anos 50 e 60.
Uma cena marada, foi termos que sair do carro nas bombas de gasolina, porque só o condutor tem direito de acesso. O carro entra, enquanto nós esperamos todos pacientemente cá fora. Atesta, e volta a sair, e nós entramos… so weird…
Mil postos de controlo, polícia por todo o lado que nos pede os passaportes de hora a hora, máquinas raio-X p’ras malas, mais sorrisos amarelos dos Chineses que se impõem sobre um povo que quer ser independente e não consegue. Esta zona faz fronteira com 8 países e é considerado pela China como ponto estratégico de defesa, ou pelo menos é o que dizem os livros de geopolítica (Prisioners of Geography).
Imensos prédios vazios à espera de ocupantes que os Chineses querem que sejam populados pelos seus. Cidades fantasma inteiras perdidas no meio do nada.
Pra virmos ao lago e às montanhas junto da fronteira com o Paquistão tivemos que contratar uma agência, não nos deixam vir sozinhos como antes. Todos são controlados, os locais e os ocidentais. É impossível não nos sentirmos vigiados, e castrados.
As Pamir são estonteantes, estupidamente bonitas, deslumbrantes, e imagino que para os mercadores da Rota da Seda, muito assustadoras. Tenho à vontade umas 300 fotos das montanhas, são todas powerpoints em potencial. Os lagos azuis e verde esmeralda, as montanhas nevadas e os prados verdejantes tudo num mesmo enquadramento é quase um absurdo. Mas existem, que eu vi, com estes olhos que a terra um dia há-de comer.
A China não oferece meio termo na compreensão, aliás, não oferece compreensão, só espanto e aceitação. Ou se aceita que a cultura deles é diametralmente oposta à nossa e que não há como comparar e compreender, ou sai-se de lá com a única vontade de nunca mais voltar. Eu pessoalmente gostei, achei-lhes piada, desisti de os entender e limitei-me a observar. Eu estava na terra deles, não eram eles na minha, e por isso, é comer e calar, e não ficar de olhos em bico.
A culpa é das redes sociais!
Nunca mais escrevi, perco horas sem fim no Whatsapp e no Facebook, mais o Instagram, e vou adiando a escrita, da qual tenho mesmo muitas saudades.
Tenho escrito no meu FB ultimamente, e curiosamente há amigos que me dizem: não sabia que escrevias!
Ora, se o meu blog estivesse na palma da mão… e vai passando o tempo, e eu não escrevo…. e cá estou eu hoje, com tempo de sobra para publicar o que escrevi na viagem da Rota da Seda, e por isso, cá vai disto oh Evaristo, estão abertas as hostilidades!
Os posts que se seguem são dedicados aos 4 gatos que ainda por aqui passam, e à amiga Dina e Teresa que me disseram que me liam frequentemente e têm saudades dos meus disparates 😉 Obrigada miúdas por me lembrarem que ainda há quem esteja desse lado!
Está quase…quase….penúltima voltinha….
Esta foi a minha penúltima viagem a Amesterdão e a última vez que venho cá passar uma semana.
Excepto o climazinho de merda que caracteriza esta terra e me pôs os “pêlos de punta”, esteve-se bem, com muito muito carinho dos meus amigos que cá vivem, e que são a única coisa de que realmente tenho saudades.
Valeu tudo pelos abraços, pelas conversas abertas, honestas, sinceras, sem réstia de inveja ou qualquer tipo de sentimento menos digno.
Mandei a dieta às urtigas e brindei muito a eles, e agradeci muito a Deus e ao Universo a oportunidade maravilhosa que me deu de viver nesta terra, conquistar e conhecer tanta gente boa e de grande coração e ter sido tão querida.
Estou de peito e papo cheio e coração transbordante de gratidão por tudo o que vivi e aprendi, mas é hora de continuar o resto da minha vida onde me sinto bem e ainda mais feliz se é que é possível, rodeada de ainda mais gente extraordinária, que adoro, que me cuida, me mima e me estima, que me faz ter a certeza absoluta de que regressar a Portugal e a Lisboa foi a melhor ideia que já tive EVER.
Já (ou finalmente) foste!
Dei-te os Parabéns, logo a seguir a música tocou no Spotify randomly e o meu coração deu um saltinho de memórias.
Um dia vou andar de bengala e ainda me vou lembrar do tempo em Londres.
If I could walk a thousand miles …. ia de férias masé!
Vou ser Tia!
O meu irmão vai ser Pai, e eu vou ser Tia pois tá claro, e estou muito contente porque o puto vai ser escorpião como eu!
Nasce em Novembro, e eu vou estar de viagem … ops… mas um dia o puto vai viajar comigo e faltar a datas importantes também 😀
Não percebo nada de bebés, por isso fiz o melhor que pude e sei … fui à Hema comprar-lhe todo um enxoval, tem prendas até ao Natal! Rimei! 😀
Há de tudo como na farmácia, com o cuidado de ter mangas curtas e mangas compridas pra não estufar de calor quando estiver em Angola, e não morrer de frio em Portugal.
Se não exagerei? Pois tá claro que sim! Até a minha cunhada me disse que não era preciso tanto, mas eu quis 🙂 Já que “fiquei pra Tia”, ao menos deixem-me ser Tia à grande e à francesa!
O Excelentíssimo vai-se chamar Santiago, e vai ser um rapaz cheio de sorte porque vai ser o primeiro neto e o primeiro sobrinho, e como tal vai ser estragado até à exaustão 😀 mas vai ser um miúdo muito amado como tem de ser.
Esperemos que seja tão giro e fofo como o Pai era quando era pequeno, e que quando crescer tenha o bom feitio …. da Tia!!!!
Vai ser tão giro ver uma reprodução em miniatura do meu irmão! Como é que eu sei que vai sair ao Pai?
Não sei! Mas espero que sim! Sorry Cunhada, ficas com a próxima rodada, pode ser?