Isto de ser a filha presente tem muito que se lhe diga…

…cheguei no Domingo ao meio-dia da Holanda. O “rancho” era melhorado, e um dos meus favoritos. E já sentada à mesa começo-me a aperceber que ia passar a receber o dobro: da atenção, da comida, dos telefonemas… Ai Mãe  (literalmente)que eu não sei se estou preparada pra esta enchurrada de amor maternal, mas vou tentar. 

Pra início de cunbersa, trouxe comida pra semana toda, já pronta, sopa, pão (podia não haver em Lisboa), medicamentos (a farmácia podia estar fechada quando eu chegasse à uma da tarde, ou sei lá, ser longe…é por baixo da minha casa), e recebi um telefonema quando cheguei às duas, e outro às 5 e meia, e agora liguei porque a tinha despachado das duas vezes. Três telefonemas também porque estou com uma constipação monstra, e “pode ser que seja uma pneumonia,  nunca se sabe”!, e o meu estado de saúde pode escalar em 3 horas, não é?
Além disso agora os cães são da incumbência de sua senhoria porque passou quase um mês com eles, e tenho que ouvir ao telefone o que é que eles gostam de comer, as quantidades e as horas a que tenho que lhes dar a comida, graaaaaças a Deus que num dei netos à malta mais velha senão a esta hora acho que estava aqui a cortar os pulsinhos.
Mas o exponente máximo desta enchurrada de amor acontece no momento em que oiço: já que não vens cá acima, no próximo fim de semana vamos nós a Lisboa visitar-te, está bem?
Sim Mãe, fico muito contente, digo eu.
E ficaria, só é pena que o meu Pai lhe corte as bazas já no momento seguinte porque ele odeia conduzir, quanto mais vir de carro pra Lisboa, e de comboio eles e o cão e as malas (plural) que a minha Mãe traria pra vir passar domingo e segunda – never gonna happen.
O meu irmão ia a casa de 15 em 15 dias, porque a empresa pagava portagens e gasosa, mas eu pago as minhas do meu bolso, por isso só posso ir uma vez por mês, logo vão ser uns dois ou três fins de semana por mês, sem filhos a quem dar de comer e por causa de quem ficar em casa ao domingo, e há todo um mundo de possibilidades que eu espero que eles aproveitem, como vir a Lisboa, ou ir ter com os amigos, mas que de momento se revela num frigorífico a abarrotar de comida 🙂

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