À descoberta da América Central – Dia 9 – Juayua – un reino cerca del cielo y Tazumal

21 de Julho de 2015, El Salvador

Descemos os Cerros de la Caldera para encontrar uma cascata de água limpida e fresca, onde tomei o banho do ano, e passei por uns túneis marados onde a emoção foi comedida, mas a experiência gira. O jacuzzi natural deixou-me relaxadíssima e de pele suave e sedosa.
Voltamos à cidadezita e passeamos por Juayua, onde há uma igreja com um “Cristo Negro”, coisa que nunca tinha visto, e bastante impressionante.
Voltamos ao nosso mini bus e o amigo Che levou-nos a almoçar a um restaurante de beira de estrada, mas mesmo junto ao Lago Cuatepeque, com uma vista deslumbrante. Gracias Che!!
Umas horitas mais pra cima chegamos aos templos de Tazumal.
O Don Guillermo veio-nos receber, era o nosso guia e também tinha pertencido à guerrilha Salvadoreña.
Como é arqueólogo, embora não seja formado porque não pôde acabar o curso durante a guerra, é uma enciclopédia ambulante e fez com que vissemos o templo de Tazumal com outros olhos, enquanto revelava a sua revolta pelo facto de El Salvador ter dependido primeiro dos americanos, e hoje em dia dos Japoneses, para levar a cabo as suas investigações arqueológicas. Estas, segundo ele, reportam ao período pré-clássico, ou seja, entre 2 mil e 300 anos antes de Cristo. O que é certo é que o museu só tem meia dúzia de artefactos, e tudo o resto se encontra espalhado por Washington, Londres e Paris, e até em Portugal há peças Maias Salvadoreñas.
Voltando à vaca fria, o templo tem o formato de uma tartaruga e tem 12 degraus, um por ano, e cada degrau tem a altura da idade do chaman quando morreu, ou seja, quanto mais estreito é o degrau, mais novo morreu o Chaman. Entre outras coisas, o Tazumal era simbolo de fertilidade.
Era aqui que viviam os chamans, neste local onde existem 14 templos, uns por cima dos outros.
Os Maias tornaram-se religiosos ferverosos com o tempo, no pré-classico só queimavam sangue, no período seguinte matavam os chamans, e no seguinte matavam até 1000 pessoas por dia como oferenda aos deuses, e assim se extinguiram, por matar mais gente que aquela que nascia.
Isto é apenas um lamiré, para saberem a história toda, têm de cá vir conhecer o Don Guillermo, porque eu mais não conto 😉

Highlights
Cerros de la Caldera
Lago Cuatepeque
O Cristo Negro
Tazumal e Don Guillermo

Todas as fotos da Viagem À Descoberta da América Central estão no Albúm de fotos do Facebook da Andorinha Desnorteada.

À descoberta da América Central – Dia 8 – O Oceano Pacífico que não é o da RFM

20 de Julho de 2015, El Salvador

 

Saímos em direcção a El Salvador bem cedo. O Che veio-nos buscar e conduz-nos por estradas encabritadas sempre junto ao Lago, com paisagens deslumbrantes e imperdíveis.

A entrada em El Salvador é feita facilmente porque o visto da Guatemala serve pra El Salvador, Nicarágua e Honduras também, mas tem que se fazer a saída da Guatemala, ou seja, carimbar o passaporte à saída, e entrar, já depois da ponte, na fila pra verificação de passaporte pra entrar em El Salvador. Se tiverem perdido o passaporte na Guatemala, não conseguem passar pra El Salvador e acaba-se a viagem, por isso agarrem-se bem a ele!!
Fizemos uma ou duas horas de carro depois da fronteira e chegamos ao Oceano Pacífico, uma praia idílica, só nossa, água quente e salgada que pede um banho de mar contínuo, ondas furadas com gosto, e uma prancha de surf.

Um jogo de vólei depois, uns lançamentos em grande pras areias escuras e vulcânicas e mais uma banhoca, sentamo-nos a almoçar um belo peixe frito, ao ritmo duma salsa e merengue e das ondas do mar.
Mais uma horita (ou talvez duas, nem sei) de carro depois, chegamos a Juayua, uma aldeia bem pequenina e acolhedora, onde um hostel bem giro nos aguardava com camitas fofas e água quente e com pressão!

Jantamos um dos pratos nacionais Salvadoreños: popusas. São tortillas de milho recheadas, uma pequena bomba calórica, acompanhada duma Pilsener, a cerveja nacional.
Completamente relaxada depois dum dia em cheio, fui dormir.

Highlights

A praia do Oceano Pacífico
O hostel em Juayua

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