Croácia – foto 2 – Zagreb

Entrada da Catedral

Catedral de Zagreb

Detalhe da cidade, escondida por entre portas

Capela debaixo duma arcada

Centro histórico

Capela debaixo da arcada

Detalhes que fazem a cidade especial

Edifício antigo. E a foto em si é gira, pronto.

O Rossio lá do sítio

Crumble de frutos silvestres, baunilha e iogurte a acompanhar. F** unbelievable!

Restaurante Vinodol no centro de Zagreb

Eu e um dos muitos palácios que ainda se podem encontrar por Zagreb. É gajo pra ser a casa da ópera, mas não tenho a certeza, nunca decoro estas coisas, sou péssima em nomes estrangeiros.
Num dos jardins reparei que as árvores tinham todas olhinhos, foi uma iniciativa muito engraçada.

Detalhe nocturno ou como fazer um cat walk parede acima 😉

Zagreb

A cidade de Zagreb não é nada de louco e transcendental, mas é catita. Tem um centro histórico bonito e algumas curiosidades. Nota-se claramente a influência do império Austro-Hungaro, tal como em Praga, mas como foi palco de muitas guerras e muitos conflitos (os Balcãs nunca tiveram paz por muito tempo) uma boa parte dos edifícios desapareceu e deu lugar ao que eu chamo “estilo comunista do leste horroroso” e alguns novos edifícios que surgiram nos últimos 20 anos pós-guerra. O certo é que a harmonia entre os edifícios não é propriamente estonteante, mas é uma cidade agradável, onde as mulheres andam sempre impecavelmente bem vestidas (um bocado over dressed pra dizer a verdade, principalmente durante o dia), o centro histórico conserva monumentos desde o século XX, e que é gira de se ver…num dia. É minúscula.
A Catedral é lindíssima, há que dizer que é um monumento único e que vale a pena visitar. Riquíssima, e ainda por cima aposto que tinha acabado de ser “lavadinha” pro Papa que esteve lá na semana anterior a nós termos chegado. Caso não saibam, na Croácia há imensos (e fervorosos) Católicos. Nota-se bastante que os Croatas são devotos há que dizer. No meio do centro histórico, debaixo duma arcada, encontramos uma capela. Tenho fotos dos bancos da capelinha que estavam do outro lado, mas como houve uma senhora que ficou bastante visível, não publico porque acho que não é correcto. Mas isto pra dizer que eram praí 3 da tarde quando por lá passamos, e havia mais fieis que no São Bentinho da Porta Aberta. Isto é só um exemplo. Também entramos na Catedral na hora H da missa, e embora não estivesse à cunha, havia lá mais gente que na missa de Sábado da Sé de Braga, e se há mais gente dentro de uma igreja que em Braga, é sinal que são reeeeeealmente católicos.
Outra coisa engraçada foi o Museum of Broken Relationships. É um museu composto de peças que pessoas ofereceram ao museu juntamente com um texto. Essas peças de algum modo tinham um significado muito grande para a relação que tinha terminado. Eu e a Ana saímos de lá completamente deprimidas. Fonix, que aquilo era uma violência! Tivemos que ir lá dentro buscar o H. por uma orelha. No início teve piada, mas depois passamos pra umas salas mais hardcore, em que vi um machado que tinha um texto ao lado sobre a sua história. Ora era de uma moça A que, p’ra deixar de ouvir os amigos mimimi que ela nunca deixava ninguém entrar na vida dela, abriu a porta a uma gaja B que tinha conhecido (sim, era lésbica. Estas paixões homossexuais são sempre muito mais intensas…!). A gaja B mudou-se pra casa da A logo 4 dias depois de se conhecerem. A moça A foi de férias e deixou a nova amiga B lá ficar. Quando voltou tinha uma notinha em cima da mesa da moça B a dizer que tinha encontrado outra pessoa e que depois passava pra vir buscar os móveis e passado 15 dias ainda não tinha aparecido. Ora a moça A não foi de modas…comprou um machado e destruiu a mobília toda da gaja B. Todos os dias partia um móvel inteirinho. Por cada dia a mais que a outra levasse, ela esfodaçava-lhe mais um móvel. Quando a outra veio buscar as coisas, entregou-lhe uma palete de tábuas.
Como vêem, esta foi algo pesadota, mas havia piores.
No fim comprei uma borracha muita gira que diz: Bad memories eraser.
É que a cena do machado pareceu-me muito fixe pra aplicar a algum que outro ex que já tive e achei que realmente esquecer é o melhor remédio 😉 


Esta foto é de outra peça que lá estava e a que achei um piadão:

A cena branca pendurada na parede é um cinto de ligas

Para comer, confesso que não foi tão fácil quanto eu pensava. A maioria dos restaurantes que apareciam eram “italianos”. Muito estes tipos gostam de uma pizza! Ora aqui a Sofia Maria que tem um amigo em cada esquina, teve a sorte de ter o amigo Goran (já vos disse que gosto muito do povo Croata?) a levar-nos a um dos melhores restaurantes de Zagreb (de que não me lembro o nome, mas vocês também não querem lá ir que quando virem a conta desmaiam. Nós como temos uma “mija” que não podemos com ela, não vimos a dolorosa. Mas garanto-vos que deve ter sido puxada, tipo…bué. Don’t wanna go there.) e a indicar-nos as suas preferências na cidade. Recomendou-nos o Vinodol (com 4 estrelinhas no trip advisor, not bad) que fica assim escondidinho e cuja porta é discreta, mas que além de enorme, serve muito bem, tem um vinho de truz e uns calamares a la romana feitos na hora que oh God! Mas mesmo mesmo de lamber os dedos foi o Crumble de frutos silvestres com gelado de baunilha e uma espécie de iogurte a acompanhar, que eu até estou com fome só de me lembrar. Note-se que eu não sou apreciadora de doces, logo, se eu recomendo um doce é porque é efectivamente a p@ta da loucura, estamos entendidos?


E sobre Zagreb, de momento não se me apraz dizer mais nada, a não ser que é um ponto de passagem e que embora seja uma cidade simpática, não é assimmmm a última coca-cola no deserto, if you know what I mean.

10 comments:

  1. Já tinha saudades de ler no teu blog.
    Estou a ver que passas-te um tempo brutal.
    Em agosto eu vou andar por Bratislava, Viena de Áustria, Praga e Budapeste… Tens algumas recomendações?

    p.s. – Estas a ficar uma fotografa brutal parabéns.

  2. Zé, a máquina é boa! E estas férias o meu amigo que foi connosco ensinou-me umas coisas fantásticas sobre a minha máquina, foi melhor que 10 workshops de fotografia. Ele foi fotografo de fotografia comercial (publicidade) durante um ano, sabe disto pra ca…. há-de haver algumas fotos que são dele, embora que eu me lembre, estas são da minha autoria.
    Nunca estive em nenhum desses sítios excepto Praga. Quero ver se faço essa route em Setembro, ainda não está decidido. A route 66 foi c'os porcos pq a organizadora principal saltou fora (e nao era eu!) 🙂
    Em Praga os concertos de música são BARATISSIMOS, a Opera custa tipo 30 euros (no máximo). Aconselho-te a que vejas online o programa cultural de Praga antes de ires, e se puderes compra um bilhete para a Ópera ou então para os concertos no Castelo de Praga. Eu vi a orquesta sinfónica de praga a tocar com um saxofonista de jazz por 12 euros, no castelo à noite, e foi mágico. Praga parece uma cidade de bonecas, é tudo lindo, perfeito e reconstruído. Os Checos não são mto simpáticos, mas a cidade é linda, parece um conto de fadas. Dás a volta numa esquina e pimbas, monumento! Viras-te pra outro lado, e zau, outro monumento. Nem tenho o que mais te recomendar 😀
    Em Budapeste falaram-me mtooo bem das piscinas públicas, ou serão termas? Que são espectaculares e que têm festas até de noite, dizem que Budapeste tem uma noite fabulosa. Podes sempre ver no youtube se encontras os programas do Anthony Bourdain sobre esses spots, o gajo tem umas dicas excelentes! beijos!

  3. Isso é um grande elogio às minhas fotos e sinal que não leste o meu post todo! 😀 Zagreb é fixe, mas não é de todo uma cidade espectacular ou que mereça segunda visita. Só mesmo pelas pessoas. A Sé deles é fabulosa, mas a de Koln é mais brutal.

    E houve praia e tal, mas não tás à espera q eu ponha cá fotos de bikini, pois não? Ah bom! :))

  4. Caramba!!!! Reconheço praticamente todas os lugares. E mais: também jantei no Vinodol 😀
    Fiquei hospedada no Hotel Drubovnik que fica numa rua que dá para essa praça central (o "Rossio" deles). Acho que estas coincidências todas são potenciadas precisamente pela cidade ser minúscula, como tu dizes.
    Também estive na parte rural (muito pobre!!!!) e em Zadar (na costa do Adriático). Uma das coisas que mais gostei de visitar foi o parque nacional Plitvice Lakes (é o paraíso na Terra).
    Adorei o teu post. Gostei tanto da tua partilha que fiquei com vontade de fazer um com estes sítios de que te falei agora… 😉 'Bou tratar disso!!

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