Arménia

O mesmo nível de calor seco de Valladolid em Junho, uma tosta que derrete o alcatrão, nos seca por dentro e pede hidratação constante.
Yerevan é uma cidade cativante, cheia de cafés, parques e fontes por todo o lado. Os Arménios são tímidos, mas simpáticos e anacrónicos como a cidade mesma.
O Vako das freetours explicou-nos a história e arquitectura da cidade, denotando-se nas suas frases uma certa revolta, que imagino comum aos seus vários compatriotas.
Aqui nota-se menos que no Uzbequistão a antiga pertença à ex-URSS, mas ela aparece sempre representada nos feios blocos de cimento a que chamam prédios.
As igrejas antes desbastadas pelos vários ocupantes que continuamente invadiram este País, foram reconstruídas com a ajuda dos Arménios da Diáspora. São bonitas, simples, e recentes.
Mas a coisa mais estapafúrdia que vi foi um senhor com 2 dálmatas e um cocker bebé, que cobrava dinheiro para crianças tirarem fotos com os bichos. A minha alma ficou completamente parva. Pelo menos os bichos estavam bem tratados…mas mesmo assim dói-me a alma.
Não se pode viajar à espera de encontrar maneiras de ser e estar iguais às nossas, mas é duro ver lixo espalhado, uso abusivo de plástico e animais vadios e/ou maltratados. É nestas alturas que eu vejo o quanto evoluímos em Portugal e o porquê do PAN ter alcançado a votação que conseguiu. Adiante…
A Arménia tem igrejas e mosteiros a dar com um pau, são Cristãos e Apostólicos, mas têm o seu próprio Papa, e a única diferença entre eles e os Católicos reside na crença de que não existe uma separação entre humano e divino em Jesus. Para eles Jesus é ambos num só. A minha ignorância levou-me a pensar sempre que eram Ortodoxos, nem sequer sabia que eram os Cristãos mais fervorosos de todos.
Foram escorraçados continuamente pelos muçulmanos e estão espalhados pelo Irão, Síria, Russia e Estados Unidos. Têm a maior diáspora do mundo, aqui vivem 3 milhões e no estrangeiro (dizem que) 9 milhões, que unidos constituíram um fundo para recuperar o País, e nos últimos 10 anos foram reconstruídas pontes, estradas, igrejas e mosteiros.
O povo Arménio foi alvo de genocídio aproximadamente entre 1900 e 1915, e os que sobreviveram fizeram questão de deixar o seu testemunho que a Turquia não reconhece. Mas há fotos, há provas. O museu do genocídio faz questão de mostrar a quem vem o que aconteceu e contar as estórias de tanta gente e tanto sofrimento.
Os avós contaram aos filhos e netos as atrocidades de que foram alvo, e todos sem exceção vêm ajudar o povo que cá está, sendo o melhor exemplo o tempo e atenção que a Kim Kardashian dispensa aos seus conterrâneos. O resultado é milhares de réplicas de wanna be Kim Kardashians pelas ruas, longos cabelos negros esticados a preceito, beiças enormes e sobrancelhas super cuidadas, e outefites idênticos ao da ídola Arménia… e muito muito dinheiro doado para a reconstrução dum País que só soube o que era paz em 1994.

E quem não for aos próximos Out Jazz em Lisboa é perneta e cheira mal dos pés. É já este Domingo!

Já viram os gajos giros e as miúdas giras atrás? Ah pois é, depois não digam que eu não avisei!

Foi o remate final PERFEITO dumas férias perfeitas. Se não aproveitarem o cartaz e as oportunidades é porque são todos uns bacocos sem noção das melhores coisas que se fez nesta cidade fabulosa que é Lisboa.
Está tudo aqui, agora é só aproveitar e muito, que ainda por cima é GRÁTIS!

O OutJazz nasceu em 2007 para chamar a música aos Jardins da Cidade de Lisboa. Em parceria com a Câmara Municipal e a Egeac, de Maio a Setembro, a NCS dinamiza os espaços verdes mais emblemáticos da capital com um ciclo de concertos de jazz. Com uma oferta musical muito eclética, o OutJazz reúne natureza e cultura urbana, à volta da música contemporânea. Uma forma única de convocar a cidade aos seus jardins e promover cultura, ambiente e bem-estar. Cinco meses, vinte e dois domingos, mais de cem artistas, em cinco jardins de Lisboa. Todos os domingos de Maio a Setembro, das 17h00 até ao cair do sol, grupos de jazz e um dj vão difundir as notas da sofisticação e da liberdade entre as folhas, os puffs e o sol dos mais especiais jardins de Lisboa.Às sextas-feiras a partir das 18h00 também há música em outros locais da cidade. Consulta o programa em baixo.

Croácia – foto 2 – Zagreb

Entrada da Catedral

Catedral de Zagreb

Detalhe da cidade, escondida por entre portas

Capela debaixo duma arcada

Centro histórico

Capela debaixo da arcada

Detalhes que fazem a cidade especial

Edifício antigo. E a foto em si é gira, pronto.

O Rossio lá do sítio

Crumble de frutos silvestres, baunilha e iogurte a acompanhar. F** unbelievable!

Restaurante Vinodol no centro de Zagreb

Eu e um dos muitos palácios que ainda se podem encontrar por Zagreb. É gajo pra ser a casa da ópera, mas não tenho a certeza, nunca decoro estas coisas, sou péssima em nomes estrangeiros.
Num dos jardins reparei que as árvores tinham todas olhinhos, foi uma iniciativa muito engraçada.

Detalhe nocturno ou como fazer um cat walk parede acima 😉

Zagreb

A cidade de Zagreb não é nada de louco e transcendental, mas é catita. Tem um centro histórico bonito e algumas curiosidades. Nota-se claramente a influência do império Austro-Hungaro, tal como em Praga, mas como foi palco de muitas guerras e muitos conflitos (os Balcãs nunca tiveram paz por muito tempo) uma boa parte dos edifícios desapareceu e deu lugar ao que eu chamo “estilo comunista do leste horroroso” e alguns novos edifícios que surgiram nos últimos 20 anos pós-guerra. O certo é que a harmonia entre os edifícios não é propriamente estonteante, mas é uma cidade agradável, onde as mulheres andam sempre impecavelmente bem vestidas (um bocado over dressed pra dizer a verdade, principalmente durante o dia), o centro histórico conserva monumentos desde o século XX, e que é gira de se ver…num dia. É minúscula.
A Catedral é lindíssima, há que dizer que é um monumento único e que vale a pena visitar. Riquíssima, e ainda por cima aposto que tinha acabado de ser “lavadinha” pro Papa que esteve lá na semana anterior a nós termos chegado. Caso não saibam, na Croácia há imensos (e fervorosos) Católicos. Nota-se bastante que os Croatas são devotos há que dizer. No meio do centro histórico, debaixo duma arcada, encontramos uma capela. Tenho fotos dos bancos da capelinha que estavam do outro lado, mas como houve uma senhora que ficou bastante visível, não publico porque acho que não é correcto. Mas isto pra dizer que eram praí 3 da tarde quando por lá passamos, e havia mais fieis que no São Bentinho da Porta Aberta. Isto é só um exemplo. Também entramos na Catedral na hora H da missa, e embora não estivesse à cunha, havia lá mais gente que na missa de Sábado da Sé de Braga, e se há mais gente dentro de uma igreja que em Braga, é sinal que são reeeeeealmente católicos.
Outra coisa engraçada foi o Museum of Broken Relationships. É um museu composto de peças que pessoas ofereceram ao museu juntamente com um texto. Essas peças de algum modo tinham um significado muito grande para a relação que tinha terminado. Eu e a Ana saímos de lá completamente deprimidas. Fonix, que aquilo era uma violência! Tivemos que ir lá dentro buscar o H. por uma orelha. No início teve piada, mas depois passamos pra umas salas mais hardcore, em que vi um machado que tinha um texto ao lado sobre a sua história. Ora era de uma moça A que, p’ra deixar de ouvir os amigos mimimi que ela nunca deixava ninguém entrar na vida dela, abriu a porta a uma gaja B que tinha conhecido (sim, era lésbica. Estas paixões homossexuais são sempre muito mais intensas…!). A gaja B mudou-se pra casa da A logo 4 dias depois de se conhecerem. A moça A foi de férias e deixou a nova amiga B lá ficar. Quando voltou tinha uma notinha em cima da mesa da moça B a dizer que tinha encontrado outra pessoa e que depois passava pra vir buscar os móveis e passado 15 dias ainda não tinha aparecido. Ora a moça A não foi de modas…comprou um machado e destruiu a mobília toda da gaja B. Todos os dias partia um móvel inteirinho. Por cada dia a mais que a outra levasse, ela esfodaçava-lhe mais um móvel. Quando a outra veio buscar as coisas, entregou-lhe uma palete de tábuas.
Como vêem, esta foi algo pesadota, mas havia piores.
No fim comprei uma borracha muita gira que diz: Bad memories eraser.
É que a cena do machado pareceu-me muito fixe pra aplicar a algum que outro ex que já tive e achei que realmente esquecer é o melhor remédio 😉 


Esta foto é de outra peça que lá estava e a que achei um piadão:

A cena branca pendurada na parede é um cinto de ligas

Para comer, confesso que não foi tão fácil quanto eu pensava. A maioria dos restaurantes que apareciam eram “italianos”. Muito estes tipos gostam de uma pizza! Ora aqui a Sofia Maria que tem um amigo em cada esquina, teve a sorte de ter o amigo Goran (já vos disse que gosto muito do povo Croata?) a levar-nos a um dos melhores restaurantes de Zagreb (de que não me lembro o nome, mas vocês também não querem lá ir que quando virem a conta desmaiam. Nós como temos uma “mija” que não podemos com ela, não vimos a dolorosa. Mas garanto-vos que deve ter sido puxada, tipo…bué. Don’t wanna go there.) e a indicar-nos as suas preferências na cidade. Recomendou-nos o Vinodol (com 4 estrelinhas no trip advisor, not bad) que fica assim escondidinho e cuja porta é discreta, mas que além de enorme, serve muito bem, tem um vinho de truz e uns calamares a la romana feitos na hora que oh God! Mas mesmo mesmo de lamber os dedos foi o Crumble de frutos silvestres com gelado de baunilha e uma espécie de iogurte a acompanhar, que eu até estou com fome só de me lembrar. Note-se que eu não sou apreciadora de doces, logo, se eu recomendo um doce é porque é efectivamente a p@ta da loucura, estamos entendidos?


E sobre Zagreb, de momento não se me apraz dizer mais nada, a não ser que é um ponto de passagem e que embora seja uma cidade simpática, não é assimmmm a última coca-cola no deserto, if you know what I mean.

Croácia – foto 1

Vamos lá devagarinho mostrar a beleza incrível da Croácia. Esta foto foi tirada no Parque Nacional de Paklenica, a 500 metros de altitude. Ia-me dando o breco-breco quando subi porque estavam 28 graus e havia poucas sombras. As cabras montesas que eram os Austríacos chegaram MEIA HORA antes de mim. Fui gozada até à morte. Só não desisti a meio porque nunca desisti de coisa nenhuma. Nem na Faculdade, em que tentei desistir de um exame e o Professor não me deixou. Eu não tinha estudado nem uma linha, fui só lá buscar o exame para estudar para a chamada seguinte, e passaram os primeiros quinze minutos e o Prof não deixou ninguém desistir e lá tive que gramar a hora e meia de exame. Tirei um belíssimo cinco. Sim, de um a vinte, um cinco. Mas não desisti. Também não desisti de subir à montanha, mas quando cheguei lá cima já só me saíam impropérios nortenhos ao estilo: p@ta que pariu a gruta, eu quero lá saber das estalagmites e estalactites! O que não era de todo verdade, mas eu estava completamente a morrer e tinha bebido litro e meio de água e precisava urgentemente de ir mijar.

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O Bocas foi connosco

No primeiro dia de viagem no veleiro, o nosso amigo T. sai do camarote com umas belas crocs AMARELO CANÁRIO. Ora a piada está em que o amigo é aquilo que eu chamo um “animal”. Tem um metro e oitenta e seis e pesa 106 kilos bem pesados. Tem umas costas largas dada a natação e râguebi praticados no tempo da Maria Cachucha e está moreno. Obviamente, quando vemos um gajo daquele tamanho, moreno, de calções e com uma pata 45, com umas CROCS AMARELO CANÁRIO, tudo o que nos vêm à lembrança é o Bocas!
Assim que o vi comecei a cantar, foi como que por instinto. A brigada do reumático que nos acompanhava na viagem (4 Austríacos e 4 Alemães) ficou pasmada e levou-me à explicação fatal: o T. é como o Bocas! Boes! Boes! Boes! Boes! Boes in Dutch means Bull (é boi, mas pronto, foi a melhor tradução conseguida).
Aaaaaaahhhh!!! Sofia! Very good!
Foi “crismado” no primeiro dia, cada vez que aparecia com os seus crocs, todos cantávamos a uma só voz:
Welke os kan ons iets leren?

(Que boi e q nos ensina coisas?)
 
Boes boes!! Boes Boes!!

En een fietsband repareren?


(E consegue arranjar um furo do pneu da bicicleta?)
 
Boes boes!! Boes Boes!!

Rock en Roll en ook nog de samba danst hij met je mee!!


(E danca contigo Rock ‘n’ Roll e Samba!)
 
Wie laat zich niet koeieneren?

(Quem e que nao se deixa engrupir?)
 
Boes Boes!! Boes Boes!!
Boes Boes!! Boes Boes!!

Pra dizer a verdade só cantávamos o refrão que o resto não é pronunciável.
Foi uma animação, até porque o amigo aceitou muito bem a brincadeira, e cantava também. Extremamente orgulhoso dos seus crocs amarelos, cada vez que via uns entrava em transe: vês? Olha ali outra pessoa com bom gosto! …. Todas as pessoas “com bom gosto” tinham menos de 16 anos de idade. Nem assim o animal desanimou. E desde então esta música não me sai da cabeça.

Porque é que devemos ir de férias.

 Estou plenamente de acordo com esta Senhora que está coberta de razão.

You still have vacation days to take. For some of you this might be just a couple of days – for others it might be weeks. But there are only four weeks left in 2010 and time is running out.

According to a recent Rasmussen report, only 46% of workers plan to take all of their vacation this year. That means that 54% of employees are leaving vacation days unused. Are you one of them? If so, here are five great reasons why you should take all your vacation:

1. You earned it. It’s a benefit. It’s worth money. You might be surprised that last year Expedia estimated there would be 436 million unused vacation days in 2009 and valued that at $63.33 billion. (I’ll do the math for you – that’s at an hourly rate of $18. Your vacation days may be worth far more than that.)

2. It won’t change your annual appraisal. I have news for you – most management teams complete their performance discussions before the holidays (because they plan to be on vacation). Unless you are in sales and need to make quota for the quarter, or you discover a technology that solves world hunger, chances are your bottom line won’t change because you took some time off over the holidays.

3. Your boss won’t notice. The truth is, unless you’ve specifically been asked to provide coverage, no one will notice. And consider this – if you are the only one working, then you’re also the only one to blame when something goes wrong. You might be a martyr, but you won’t be a hero.

4. It costs the company money. If you happen to work in a company that still allows vacation days to be carried over from one year to the next, this costs the company money. Whatever days you defer have to be carried as a liability, and when you do “cash them in” they will cost more than they do today.

5. You need a break. If you can’t take a sabbatical, at least take your vacation! Oh – and when you do take that break, resist the urge to spend all day on your laptop, your blackberry, your cell phone… you get the idea.

Deus é Brasileiro

Se é ou não, não sei.

Só sei que depois deste filme, eu até sou gaja pra me ir benzer e tudo e acreditar assim sem mais!

Quero ir ao RIO de JANEIRO!

E….

Quero ir ao Canadá e conhecer de ponta a ponta, com passagem nos Parques Naturais;
Quero  uma viagem ao deserto em Marrocos em todo o terreno;
Quero fazer a Europa toda em autocaravana;
Quero alugar um carro e palminhar a Croácia de lés a lés;
Quero voltar à Turquia em veleiro mas com amigos;
Quero voltar à Grécia 5 dias e passar um fim de semana inteiro em Hydra;
Quero fazer a rota dos Diários de Che Guevara pela América Latina;
Quero fazer a Route 66;
Quero perder-me durante uma semana no Connecticut;
Quero percorrer a California num descapotável e conhecer San Francisco;
Quero ir um mês e meio conhecer a Austrália, a Nova Zelândia e as Fidji
Quero ir fazer a Irlanda de carro e a Escócia também;
Quero fazer um cruzeiro pelos Fiordes e chegar até à Rússia…..

Eu também quero tudo…graças a Deus!

Ó Deus, faz lá uma perninha e sê Português na Holanda e vem lá ajudar, vá lá! Faz com que os dias de férias e o dinheiro na conta cresçam, cresçam, cresçam!!!