7 comments:

  1. Acho que não se passa só com quem emigra para França. A minha vontade de emigrar é cada vez mais forte pelo mesmo motivo: poder ter a minha vida…no fundo, poder ser adulta. Tenho 28 anos, estou desempregada há pouco mais de um ano. Sou licenciada, pós-graduada e estou a terminar um mestrado.Não consigo trabalho em área nenhuma. Nem nos hipermercados, e escondendo as minhas habilitações. Sou dependente do meu pai, o que me afeta profundamente. Com a minha idade, o meu pai estava casado, tinha dois filhos, casa, carro e um "emprego para a vida". Aos 28 anos, eu não tenho nada. E começo a sofrer de uma grave perda de identidade. Deveria ser adulta, ter responsabilidades de adulta….mas não me consigo sentir adulta….já nem sei bem o que sou…sou dependente como se tivesse 18 anos. Já respondo a poucas ofertas de emprego em Portugal. Porque raramente tenho respostas (e quando as tenho nunca é para dizer que o lugar é meu) e porque em Portugal, as ofertas que existem são para part-time ou quando o contrato acaba põem-te a andar e metem outro, numa constante rotatividade. Se um dia emigrar (para África) foi um sonho, neste momento é uma necessidade, tendo começado a alargar os possíveis destinos. Em Portugal nunca vou ter estabilidade para ser adulta.

  2. Quem tem trabalho ganha cada vez menos e está desmotivado, quem está desempregado está desesperado. É fácil perceber o que é pior, mas é um País triste, muito triste e com cada vez menos esperança.

  3. Sabes, este fds estive com um rapaz q está na Argélia. Só foi ha um mês atrás, mas foi contrariado e nao gosta de la estar, mas ca nao tinha emprego e nao teve outro remedio. Ao lado estava um colega de faculdade q está desempregado e alem de deprimido estava envergonhado por nao ter emprego, notava-se. Nao sei qual dos dois era mais infeliz, foi uma competicao renhida. E eu, na mesma mesa, a sentir-me miseravel pq quero voltar e nao me deixam.
    Eu farto-me de dizer isto, nem toda a gente nasceu pra emigrante e ultimamente ja emigram os desesperados, os tais resistentes, ja nao é os aventureiros. E os aventureiros, na sua grande maioria (tambem éramos mtos à volta da mesa) estao mortos por regressar ou têm regressado sem remorsos. E se é bom q regressem, é péssimo q a motivacao seja só uma: apoiar a familia. Enfim …

  4. Nessa bela e adorada área do Ensino 😉 Professora de 1º Ciclo (primária) e de Educação Especial. Na altura em que terminei a licenciatura ainda se ia conseguindo colocação, mais não fosse na Madeira ou Açores. Agora vejo colegas com mais de 20 anos de serviço desempregados :

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