Optimus Alive:
– Três dias de festival é muito, pro ano vou só um dia e vou ter de escolher muito bem antes de ir. Fiquei toda podre logo no primeiro dia, e se no segundo me arrastei, no terceiro estava a ver que saía de lá de maca.
– Cerveja Heineken é uma merda, sabe a mijo, não presta, não é nacional, e estou farta dela até aos olhos. Pra mais a única alternativa era Sagres Radler, preta (quase inexistente), ou sem alcool. Nem uma porcaria duma torneirinha da Sagres, pá! E o vinho era Casal Garcia…. esqueçam, esqueçam, andei completamente sóbria três dias que me fez muito bem.
– Porque acham que as garrafas de água com tampa podem ser projécteis, só vendem garrafas de água pequenas de 25 cl e SEM tampa! Passei-me. Quem é que manda um penalti de 25 cl de água? E se eu quiser aplaudir um concerto, como é que eu faço?! Com uma mão na garrafa aberta e outra a bater na cachola? Palhaços.
– O palco dois dá dez a zero ao palco um. Mas quem é que se lembra de por a porcaria da tenda dos martelos mesmo ao lado? Havia concertos que se ouvia o tungs tungs tungs ao lado. Não se faz senhores da organização, não se faz. Tststststs.
– A quantidade de crianças com menos de 18 anos deu-me cabo do sistema nervoso. Não só me senti velha, como tive espasmos de dor quando vi miúdas de 13 anos maquilhadas, a fumar, e em histeria. Também os vi muito comportadinhos, todas de mochila às costas, com cartazes cheios de I love yous, e muitos telemóveis, e muito nariz empinado, e muito… iguais? Sim, todos muito iguais a fazerem um esforço imenso por serem diferentes.
Mas não é isso ser-se adolescente?
– As miúdas de hoje em dia têm pernas até ao cú, estas crianças de hoje são altas pra cacete e têm pernas que nunca mais acabam! E lindas, todas muito bonitas. Que inveja meu!
E os miúdos de 20 anos de barba, pareciam ter quase 30, foi difícil… foi difícil… não me sair um “este gajo é podre” quando os vi, era preciso quase uma lupa pra garantir que não me estava a envergonhar.
– O palco comédia é muito fixe, vi o Salvador Martinha e o António Pedro Borges e gostei. Acima de tudo eu gosto quando eles ficam sem texto e começam apenas a dizer o que pensam, sem terem as piadas feitas. Eu sei que não é possível estar sempre a improvisar, mas é de longe o melhor momento de qualquer um deles. Também gostei muito do ambiente do palco comédia, era bem giro e relaxado.
– Os melhores concertos e músicos: Parov Stelar, Elbow, Sam Smith (muito bom mesmo) Imagine Dragons, Foster the People, Temples, Daughters (excelentes), Au revoir Simone e a surpresa do último dia, Chet Falker num fabuloso one man show, o homem toca, canta, põe música, dança, fala com o público, é duma simpatia a toda a prova, foi cinco estrelas.
E pronto, este fim de semana é o Super Bock Super Rock mas eu estou “atestada” pro verão e agora quero é Out Jazz Festival nos jardins de Lisboa.
Até pro ano Optimus, foi giro. Vê lá se pro ano em vez de seres NOS Alive, passas a Sagres Alive, ia curtir muito mais milhões! (isto já não se diz, certo crianças? Tão ultrapassada que está a tia Sofia, tstststs)