Ser uma IBMer é muito mais do que ser da IBM

As pessoas que trabalham na IBM são um case study por se proclamarem IBMers , em vez de IBM.

Este termo IBMers é alvo de vários case studies que tentam compreender como é que a IBM faz com que os empregados se auto-intitulem a própria empresa. É resultado dos core values da empresa, e do orgulho que se espelha no vídeo do Centenário da IBM.

E que só é possível porque os empregados estão orgulhosos de fazerem parte da empresa que mais patentes detém, contribuindo continuamente para a evolução de tecnologia que está por detrás de descobertas relacionados com o genoma humano, relacionada com investigações arqueológicas e históricas, relacionada com a descoberta de vacinas contra doenças e embrenhada na luta contra o cancro, que melhora os sistemas de reservas de aviões, que criou O computador, e que continuou a inovar com o Watson. E o que é o Watson?

Hoje de manhã recebi um email com a nova publicidade da IBM sobre o Watson que foi feita para a noite dos Óscars. E chorei a rir.

E são esses vídeos que hoje partilho convosco porque são tão bem feitos, que é impossível não perceber.

O primeiro é uma sessão de terapia de grupo para robots, e os pormenores são deliciosos, como os olhinhos do computador em cruz, e o que pretendia acabar com o mundo dizer que não é capaz de se relacionar com humanos. Vejam, e riam comigo, e entendam porque é que me auto-intitulo uma IBMer!

Os outros são entrevistas individuais aos robots antigos, e estão tão giros! Qual WALL-E, qual carapuça!

O tímido:

O ultrapassado espanador de pó:

O sinistro:

O jeitoso da moda:

O Moper:

O transformer:

O velhinho:

 

E embora um dia vá, eventualmente, deixar de trabalhar para esta empresa, tal como os meus colegas que já saíram, vou continuar a intitular-me IBMer: ex-IBMer.

Foi demasiado fixe.

Ainda estou a cortar os pulsos, isto desde as 8 da manhã, hora em que liguei a porcaria do portátil para voltar ao trabalho.
Tivesse eu dinheiro de lado o suficiente e despedia-me cá cuma pinta….
Coisas que eu fazia depois de me despedir:
– Passar 3 meses na Argentina (e Patagónia), Chile e Bolívia
– Fazia um curso de rádio
– Levava os meus cães pra um curso de agility, daqueles que dá pra lhes ensinar truques enquanto ganham paletes de guloseimas.
– Ia aprender a nadar como deve ser e  ia fazer um curso de kite-surf (por esta ordem)
– Lia pelo menos um livro por semana
– Ia dar aulas pra Universidade
– Montava um negócio só meu, com as minhas regras e os meus horários.

Já estive muito mais longe disto.

Hoje senti-me uma Ministra!

Duas pessoas numa reunião, uma Portuguesa e um Indiano. 
E uma terceira pessoa na reunião, Indiano, para traduzir o inglês do Colega para Inglês que eu consiga compreender. 
Ou seja, há um que faz tradução Inglês – Inglês. 
É essa a função dele na reunião. (suspiro)
Mas é que eu não consigo mesmo compreender o outro que tem que me dar o reporting. 
É desesperante. 

Por isso tenho um tradutor! grin emoticon Vivó luxo!!!

Wake up call

Ontem ia mandar um email a um colega do UK e diz-me a minha colega: olha que ele morreu.

Como?!
Sim, há dois meses atrás, morreu em frente ao computador, às duas da manhã, de ataque cardíaco, enquanto trabalhava. Foi encontrado morto pela manhã.
Porra, que estupidez. Que desperdício morrer nestas circunstâncias, o senhor tinha 52 anos. Morreu a trabalhar, que cena macabra, e estúpida, realmente muito estúpida.
Porquê? Pra quê? Pra responder a mais um email?
Call it a wake up call!
Não me apanham nessa de certeza absoluta, nunca mais trabalho até tarde, e muito menos descuro o tempo que tenho com amigos e família.
Descansa em paz David.

Play it smart

Umas imagens que têm ressoado em mim, nas minhas últimas decisões e sentimentos, nas minhas emoções mais preementes. A previsão da mudança, de todo um mundo novo, o medo e o terror de falhar, de não me levantar. A insanidade mental que se apodera de mim e me enche de forças e adrenalina pura nos momentos mais duros e que não me deixa nunca sentir-me derrotada. Triste, desiludida ou frustada até posso estar, mas derrotada, nunca.
Tudo tem solução menos a morte. Com pouco se faz muito. O que é preciso é ter tomates pra tomar uma decisão e nunca desistir de encontrar uma saída brilhante.
Nada funciona melhor que o Universo a mandar-nos mensagens claras de: ou mudas ou te entalas. É como um espeto no rabo, primeiro gritas, e depois desatas a correr, sempre em frente….. até que encontras uma porta, e está aberta, e lá está: a luz.

Obrigada Luís Pontes, estejas tu onde estiveres.

Ultimamente tem sido uma ceifa de gente boa que não tem explicação.
Esta semana faleceu de repente um Colega da IBM, reformado há pouquíssimo tempo, o Luís Pontes, um rapaz simpático, bem disposto, amante de boa fotografia, boa mesa, bom vinho e astronomia, e que deixou muitas saudades.
E não é daqueles que passou a ser um “gajo porreiro” porque faleceu, não.
O Luís era mesmo boa pessoa, um tipo bonacheirão e bom profissional, adorado pela família e pelos colegas.
Não vou falar novamente da injustiça que é que só desapareçam os bons e ande por aí tanto traste.
Vou falar do site com o legado que o Luís nos deixou, onde existe até ficheiros de PDIs pra GPS com restaurantes recomendados, uma base de dados daquelas que qualquer Português adora, e que ele partilha aqui com quem quiser dela se aproveitar: Base de Dados de Restaurantes Portugueses para GPS.

No mesmo site há também fotos espectaculares tiradas por ele, a teoria da Relatividade explicada com bonecos, e uma lista excelente de vinhos e castas de Portugal.

Eu sei que tu já não consegues ler, ver, sentir o que nós dizemos de ti Luís, e sei que felizmente as pessoas tiveram oportunidade de to dizer ao longo dos anos e por isso o que vou fazer é estúpido e redundante, mas mesmo assim eu vou escrever: deixaste muitas saudades e proporcionaste momentos felizes a muito boa gente.
Muito obrigada por tudo Luís, descansa em paz, estejas tu onde estiveres.
Um abraço e um beijinho da Sofia

Expressões faciais

Dizem que sou muito parecida com o meu irmão Carlos, mas sou claramente mais bonita 😛 mas o que é facto é que a maior semelhança é nas expressões faciais, principalmente em duas situações:
1) quando a pessoa que está a falar connosco está a dizer algo que duvidamos que seja verdade/possível – franzimos os olhos e viramos a cara de lado e olhamos por cima dos óculos e depois levantamos as sobrancelhas. Segue-se um pensamento comum mental “dasse q este gajo(a) é burro (a) … + tás a ver se me comes por lorpa e vou-te f…. oh cab@ao + no fucking way.

2) quando já não podemos ver o elemento(a) à frente e a distância entre a palma da minha mão e a bochecha do indivíduo é algo que nos começa a fazer urticária e quer ser encurtada – olhar por cima dos óculos, sorriso nulo e cabeça inclinada. Pensamento comum mental “ia-te à tromba com uma pinta ó fdp, o melhor é desapareceres da minha vista em segundos!”

Há que ver que nós treinamos estas expressões um com o outro durante anos a fio.

Enfim, o que me salva é que trabalho muito tempo a partir de casa……e assim ninguém me pode ver na 1) e 2). A parte má é que ando a precisar dum saco de boxe.

Alice no País das Maravilhas

Tenho um colega de quem gosto muito, é um senhor já com 50 e muitos anos, foi militar e por isso é muito exigente e faz sempre tudo by the book, e normalmente não é muito sociável, ou melhor dito, não se dá a muitas confianças.
Um dia, a meio duma reunião em que estavamos os dois engalfinhados a discutir uma ideia, ele pergunta-me se já li a Alice no País das Maravilhas.
Sim, e não há muito tempo, achei o livro maravilhoso!
Pronto, e assim conquistei a simpatia dele, que acha que o Alice in Wonderland é um dos melhores livros de todos os tempos, e que se adapta sempre a todas (ou quase todas) as circunstâncias da vida.
Vai daí, meia volta solta uma pérola, e esta foi a última.
Depois de 300 mil emails trocados para resolver uma questão pendente há meses, e que só ficou resolvida agora quando eu finalmente consegui deitar as unhas à coisa. E quando pensava que estava tudo resolvido, houve mais um revés, e ele mandou-me o seguinte:

A quote to lift up your spirits….

“How puzzling all these changes are! I’m never sure what I’m going to be, from one minute to another.” 

or do you prefer this one….

“But I don’t want to go among mad people,” Alice remarked.
“Oh, you can’t help that,” said the Cat: “we’re all mad here. I’m mad. You’re mad.”
“How do you know I’m mad?” said Alice.
“You must be,” said the Cat, “or you wouldn’t have come here.” 

Eu escolhi a segunda, we are all mad 🙂

I’m a lucky bitch. Mesmo. Não se seguem fotos de praia e bikini, juro.

Então não é que descobri que há um autocarro da minha empresa que vai do Oriente até à PORTA da minha casa 8 vezes por dia? 4 de ida e 4 de volta?
And wait for it……. GRÁTIS!!!!

Em 20 minutos estou em casa. Ou no sentido contrário, no emprego.

Estou histérica, possuída, como é que é possível eu ter TANTA sorte?

A sério, espectacular meu, nem consigo acreditar. What are the fucking odds de eu ter alugado uma casa com uma paragem do autocarro da empresa à porta? Hã? Hã? Zero! No meu caso, 100%!!!

Tipo, wow!!

(pronto, agora já posso escrever normalmente sem falas duma pita histérica de 15 anos)

Isto significa que agora não há mesmo desculpa pra não ir ao escritório, e lá vou eu, tralala contentinha, duas vezes por semana, ver pessoas. Estava a fritar um bocadinho por estar sempre em casa, confesso. Eu gosto muito, mas estive 3 semanas seguidas e apanhei uma cansa. Assim passo lá 2 ou 3 dias por semana, e o resto em casa.
E de futuro posso também sonhar com este transporte.
É que até dá pra vir a casa almoçar e passear os cães, não estão a perceber, é mesmo…….

wow.

wow.

wow.