É o que se chama um fim-de-semana non-stop…!

- Publicado em por Andorinha / Em Amigos, Bitoque, cães, Fim-de-semana, Juicy, Lisboa, Livros, O que fazer em Lisboa, Os meus melhores spots em Lisboa, Petzi, Roda dos Livros, Sem categoria, Solteira e boa rapariga, tempo, Visitas -

Isto, pra quem não tinha planos, foi sempre a abrir….

Sexta-feira fui jantar ao Zé dos Cornos, nunca lá tinha ido. Comi muitíssimo bem, e paguei 11 euros… viva Portugal, a sério! A comparar com uma saída na Holanda que não dói menos que 30 euros, está visto porque é que cá tenho 10 vezes mais vida social que nos Países Baixos.

Foi uma cavaqueira boa entre 4 amigos e deu pra matar saudades dos dias em que viajamos juntos, principalmente quando me levaram à Casa Independente onde, não sei porque motivo, ainda não tinha entrado. Gostei do ambiente, gostei da música, gostei do sumo de laranja com banana e gengibre, gostei da decoração simples e do pézinho de dança no final. Gostei de explorar com eles sítios que não conhecia, de passearmos pelas ruas e sem querer transportar-me às caminhadas nocturnas no Irão. Um gosto!

Sábado acordei tarde, e passei a manhã a “estudar” Holandês, e pus entre aspas, porque na verdade não me custou rigorosamente nada! É que decidimos (a Professora Ellen e moi même) ler um livro em conjunto, e a partir do livro extrair a aula. Não me custou nada, não me senti a estudar, e gabo-nos a ideia! Almocei, e fui à Roda dos Livros. Esta roda, não sei porquê, foi especialmente … fixe! É, fixe é a palavra. Fizemos foi muito barulho, talvez porque fossemos muitos, ou porque, e esta é a melhor razão, estivéssemos mais animados que o costume. Não sei, sei que foi mesmo fixe, e a pilha de livros era imensa e fomos bastante unânimes até! Ganharam “by far” a Tetralogia da Elena Ferrante (A Amiga Genial) e o Coro dos Defuntos do António Tavares. E trouxe de lá uma recomendação de um livro sobre a Colômbia que me vai cair que nem ginjas antes da minha viagem!

Bom, saída da roda, entrei na roda viva que foi o resto do sábado. Das seis às oito e meia tive aula de Holandês cá em casa, passou a voar, aprendi imenso e não me custou nadinha! E às nove estava a sair de boleia com amigos “retornados” como eu, e fui a um aniversário. Jantei no Mercantina, e comi bem, mas nada do outro mundo… mas pra quem tinha que servir uma mesa com 30 pessoas, foram eficientes, há que dizê-lo! Voltei pra casa pela uma da manhã, enquanto a malta foi dar um pé de dança e eu ansiava pela minha cama. Estava frio, a chover, desagradável… eu queria era lençóis e mantas!

Apesar disso, domingo “madruguei”, e às nove e meia já estava a tomar café na varanda. E finalmente percebi a frase da app do telemóvel: pancadas de chuva! É que fazia sol, e a seguir caíam trombas de água que duravam 5 minutos, uma coisa estranhíssima. Uma ventania que até os cães tremiam! Apareceu uma amiga, fomos apanhar as netas dela pra ir tomar o pequeno-almoço, passamos pela Livraria Barata pra comprar mais uns livros (à mais pequena com 11 anos, enfiei-lhe o Rosa Minha Irmã Rosa nas mãos e desafiei-a…! Espero que goste!), e depois de passear os meus artolas de 4 patas, fui almoçar a casa dos meus Primos. Conheci a pequena Eva, os Pais da miúda que eu nunca tinha conhecido, comi dois pratos de feijoada que atiraram comigo pro tapete (estava excelente!), trouxe mais livros que o primo recomendou, e cheia de família, carinho e comida, cheguei a casa pra não mais sair aí pelas quatro e meia.

Um friiiiiio! De repente a temperatura desceu, estavam oito graus e eu com reminiscências! Credo, que foi um estaladão que soou aos menos quatro Holandeses.

Foi ligar a lareira e começar a receber amigos! É que o networking é muito forte, e ainda não me meti no avião pra Madagascar, e já conheço duas companheiras de viagem, e vou conhecer mais duas! E com a vontade apurada pra chegar lá depressa, mesmo só sendo em Agosto, comprei o meu bilhete, e agora já não há volta atrás! E estou mesmo muito contente!

Não me lembrei nem por um segundo que era o dia dos namorados até que o meu amigo Sam me deixa uma mensagem a dizer: espero que neste dia dos namorados, o teu Bitoque te dê muitas lambidelas! <3

E assim foi, entre os mimos do meu Bitoque e da minha Juicy e da minha Petzi, os mimos da família e dos amigos, o fim de semana voou literalmente, e cá estamos nós, numa segunda-feira de sol e chuva novamente, bem abrigados (que está um frio que não se pode! ) e com o coração quentinho de tanto mimo.

Espero que o vosso também seja bem fixe, e continuem desse lado, que eu prometo postar mais só pra vos poder ouvir! Boa semana! 🙂

Querido mudei a casa versão 700 mil, ou a história das mantas, dos sofás que não foram estofados, a lareira elétrica, o espelho e a estante.

- Publicado em por Andorinha / Em decoração, Regresso a Portugal, Solteira e boa rapariga -

Esta história é longa, e chata.
Portanto vou resumir.

Eu quero muito acabar de decorar a minha casa decentemente, mas enfrentava os seguintes dilemas (o drama! o horror! a tragédia!)

  • Estofar 2 poltronas custa pelo menos 500€
  • Um espelho com 2 metros de comprimento custa quase 400€
  • Uma estante de parede a parede como eu gostaria de ter custa pra cima duma pipa de massa, por menos de 1000€ no IKEA não fazia a brincadeira. 
  • Com 1900€ já faço uma belíssima viagem!!
  • Estava presa à forma magnífica como a minha senhoria tinha a casa decorada, mas não tenho qualquer tipo de paciência para andar em leilões a encontrar aquela peça arte-déco especial.
  • Os leilões, ou melhor, os móveis comprados em leilões, também custam dinheiro!
  • Sempre quis uma lareira elétrica e comprei uma em segunda-mão por 50€ e aquilo não encaixava em lado nenhum….
Pronto, e agora o resumo mesmo: comprei umas mantas na Guatemala pra evitar ter de estofar as poltronas, e ficou péssimo. Tão mau que me dava engulhos quando entrava na sala, e hoje de manhã quando a minha empregada apareceu pra limpar a casa deu-me uma trava e desatei a mudar tudo de sítio e o resultado é este, e estou muito satisfeita porque:
  • Já não preciso de estofar as poltronas que agora separadas já não chateiam
  • Já não preciso dum espelho porque mudei a estante de sítio
  • Já não preciso de estante porque pus uma das poltronas no sítio dela
  • Passei as mantas pras camas e é lá o sítio delas e que bem que ficaram!
  • Consegui finalmente borrifar-me pra decoração da minha senhoria e estou muito satisfeita com a minha que não é de capa de revista.

Agora o que falta é só umas petit chouses, daquelas que vi no “estapor” do catálogo novo do IKEA, mas que são todas perfeitamente adquiríveis! A saber:

  • Duas carpetes daquelas grandonas de corda impermeabilizadas e anti xixi de canídeos
  • Umas almofadas novas que estas estão um horror
  • Duas molduras novas pra colocar as fotos magníficas do meu amigo Diego e que vão ficar espectaculares por cima da estante onde ia ficar o espelho!!
E como isto com fotos é muito mais giro, cá vai disto ó Evaristo!
Antes que me esqueça: aceitam-se sugestões, estão à vontade!

Gostas mais do teu marido ou dos teus filhos?

- Publicado em por Andorinha / Em Solteira e boa rapariga -

Este texto é um MUST READ.

(…) To understand the frightening power of the parenthood religion, one need look no further than the 2005 essay in The New York Times by Ayelet Waldman, where the author explained that she loved her husband more than her four children. On “Oprah Where Are They Now,” the author recently reaffirmed the sentiments reflected in her New York Times article, and she added that her outlook has had a positive impact on her children by giving them a sense of security in their parents’ relationship. Following the publication of her essay, Waldman was not only shouted down by America for being a bad mother; strangers threatened her physically and told her that they would report her to child protective services. This is not how a civil society conducts open-minded discourse. This is how a religion persecutes a heretic. (…)

Full text aqui http://qz.com/273255/how-american-parenting-is-killing-the-american-marriage/

Vai ser assim até quando eu quiser!!

- Publicado em por Andorinha / Em Solteira e boa rapariga -

“Mas e aí? Vai ficar solteirão para sempre? Vai ser assim até quando?” E eu vou te responder com a maior naturalidade do mundo: “Vai ser assim até quando eu quiser”. Quando encontrar alguém que seja maior que tudo isso, ou talvez alguém que consiga me acompanhar. E não venha me dizer que aquele relacionamento meia boca seu é algo assim. O que eu espero é bem diferente. Quando se gosta da vida que leva, você não muda por qualquer coisa. Então para mim só faz sentido estar com alguém que me faça ainda mais feliz do que já sou, e como sei que isso é bem difícil, tenho certeza que o que chegar será bem especial. E se não vier também está tudo bem sabe? Eu realmente não acho que isso seja um objetivo de vida.

Podia ter sido eu a escrever isto: http://www.precisavaescrever.com.br/vida-de-solteiro/


Porque é que um dia destes ainda vou parar ao Begijnhof :)

- Publicado em por Andorinha / Em Amsterdao e eu, Solteira e boa rapariga -

Kate Bolick: why marriage is a declining option for women

Of course, between the diminishing external pressure to have children and the common misperception that our biology is ours to control, some of us don’t deal with the matter in a timely fashion. Like me, for instance. Do I want children? My answer is: I don’t know. But somewhere along the way, I decided to not let my biology dictate my romantic life. If I find someone I really like being with, and if he and I decide we want a child together, and it’s too late for me to conceive naturally, I’ll consider whatever technological aid is currently available, or adopt (and if he’s not open to adoption, he’s not the kind of man I want to be with).
(…)
If, in all sectors of society, women are on the ascent, and if gender parity is actually within reach, this means that a marriage regime based on men’s overwhelming economic dominance may be passing into extinction. As long as women were denied the financial and educational opportunities of men, it encouraged them to “marry up” – how else would they improve their lot? Now that we can pursue our own status and security, and are therefore liberated from needing men the way we once did, we are free to like them more, or at least more idiosyncratically, which is how love ought to be, isn’t it? When Gloria Steinem said, in the 1970s, “We’re becoming the men we wanted to marry,” I doubt even she realised the prescience of her words.
(…)
One might hope that in low-sex-ratio societies – where women outnumber men – women would have the social and sexual advantage. (After all, didn’t the mythical all-female nation of the Amazons capture men and keep them as their sex slaves?) But that’s not what happens: instead, when confronted with a surplus of women, men become promiscuous and unwilling to commit to a monogamous relationship. (Which, I suppose, might explain the Amazons’ need to keep men in slave quarters.) In societies with too many women, the theory holds, fewer people marry, and those who do marry do so later in life. Because men take advantage of the variety of potential partners available to them, women’s traditional roles are not valued, and because these women can’t rely on their partners to stick around, more turn to extrafamilial ambitions like education and career.
(…)
As a woman who spent her early 30s actively putting off marriage, I have had ample time to investigate, if you will, the prevailing attitudes of the high-status American urban male. (Granted, given my taste for brainy, creatively ambitious men – or “scrawny nerds,” as a high-school friend describes them – my sample is skewed.) My spotty anecdotal findings have revealed that, yes, in many cases, the more successful a man is (or thinks he is), the less interested he is in commitment.
(…)
Take the high-powered magazine editor who declared on our first date that he was going to spend his 30s playing the field. Or the prominent academic who announced on our fifth date that he couldn’t maintain a committed emotional relationship but was very interested in a physical one. Or the novelist who, after a month of hanging out, said he had to get back out there and tomcat around, but asked if we could keep having sex anyhow, or at least just one last time. Or the writer (yes, another one) who announced after six months together that he had to end things because he “couldn’t continue fending off all the sexual offers”. And those are just the honest ones.
To be sure, these men were the outliers – most of my personal experience has been with commitment-minded men with whom things just didn’t work out, for one reason or another. But the non-committers are out there in growing force. If dating and mating is in fact a marketplace – and of course it is – today we’re contending with a new “dating gap”, where marriage-minded women are increasingly confronted with either deadbeats or players.
When I turned 36, I’d been in the dating game for longer than I’d ever thought possible, and I wanted out. (Is there an expiry date on the fun, running-around period of being single captured so well by movies and television?) My escape came to me in the form of a revelation: all this time, I realised, I’d been regarding my single life as a temporary interlude, one I had to make the most of – or swiftly terminate, depending on my mood. Without intending to, by actively rejecting our pop-culture depictions of the single woman – you know the ones – I’d been terrorising myself with their spectres. But now that 35 had come and gone, all bets were off. It might never happen. Or maybe not until 42. Or 70, for that matter. Was that so bad? If I stopped seeing my present life as provisional, perhaps I’d be a little… happier. Perhaps I could actually get down to the business of what it means to be a real single woman.
(…)
And yet, what are our ideas about single people? Perverted misanthropes, crazy cat ladies, dating-obsessed shoe shoppers, etc – all of them some form of terribly lonely. The single woman is very rarely seen for who she is – whatever that might be – by others, or even by the single woman herself, so thoroughly do most of us internalise the stigmas that surround our status.
(…)
singlism is “the stigmatising of adults who are single [and] includes negative stereotyping of singles and discrimination against singles”. In her 2006 book, Singled Out, she argues that the complexities of modern life, and the fragility of the institution of marriage, have inspired an unprecedented glorification of coupling. (Laura Kipnis, the author of Against Love, has called this “the tyranny of two.”) This marriage myth – “matrimania”, DePaulo calls it – proclaims that the only route to happiness is finding and keeping one all-purpose, all-important partner who can meet our every emotional and social need. Those who don’t have this are pitied. Those who don’t want it are seen as threatening. Singlism, therefore, “serves to maintain cultural beliefs about marriage by derogating those whose lives challenge those beliefs”.
The cultural fixation on the couple blinds us to the full web of relationships that sustain us on a daily basis. We are far more than whom we are (or aren’t) married to: we are also friends, grandparents, colleagues, cousins, and so on. To ignore the depth and complexities of these networks is to limit the full range of our emotional experiences.
 (….)
 So I started searching out stories about those who had gone off-script with unconventional arrangements. In August, I flew to Amsterdam to visit an iconic medieval bastion of single-sex living. The Begijnhof was founded in the mid-12th century as a religious all-female collective devoted to taking care of the sick. The women were not nuns, but nor were they married, and they were free to cancel their vows and leave at any time. Over the ensuing centuries, very little has changed. Today the religious trappings are gone (though there is an active chapel on site), and to be accepted, an applicant must be female and between the ages of 30 and 65, and commit to living alone. The institution is beloved by the Dutch, and gaining entry isn’t easy. The waiting list is as long as the turnover is low.
(…)
Leiam o artigo (é grande) aqui, no The Guardian