Friday Link Pack – week 14 – adivinhem lá quem é que não quer ir à Holanda, quem é?

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Mas antes de ir até aos Países Baixos cortar os pulsos com o frio que vou rapar, deixo-vos os links das coisas giras que vi por aí, algumas delas (poucas) úteis! 😉

  • As ilustrações do Chaz Hutton, que me fizeram sorrir por várias vezes dado o alto “nibéle” de identificação que a minha pessoa teve com elas.
  • Este vídeo da Jennifer Lopez em carpool com o James Corden, é DE-LI-CI-O-SO!! Must watch! Eles a cantar são altamente, mas a cena da mensagem pro Leonardo DiCaprio está excelente.
  • Este vídeo de latinos e espanhóis a tentarem falar Português é muito cómico, gostei especialmente da moça que dizia: já sei, tenho que ficar muit’a lenta no final, tipo a arrastar-me! Portuguese words Spanish Speakers can’t pronounce.
  • Num tom mais sério, o Filipe Pathé Duarte fala imensas vezes na televisão, e fala BEM. Não é histérico, não é alarmista, é sincero, sabe o que está a dizer, estudou, investigou, e eu gosto muito de o ouvir. Infelizmente Portugal é Al Andaluz, ou seja, um dos povos que há dez séculos atrás correu com os mouros. E como as pessoas que fazem parte do DAESH são extremamente desinformadas e estúpidas, lembraram-se que, já que não têm nada a apontar a este País pacífico, que nós poderíamos ser um alvo porque há DEZ séculos, a sério, vou repetir, DEZ séculos atrás, corremos com o povo que tinha invadido terras de outros, e que agora querem vingança. A minha proposta pra esta malta, era uma lobotomia, correndo o risco de não lhes encontrar um cérebro. Enfim….O Pathé tem razão.
  • A minha dieta pro IBS vai de vento em popa porque já não tenho fome! Isto porque a introdução de comidinha boa já começou há uns dias valentes, e ando mais consoladinha, embora um bocado mais pobre porque a comida sem glúten e sem lactose é um ROUBO. Por outro lado, já perdi 2 quilinhos, bem fixe, e tenho andado muito bem disposta do intestino. Já descobri que não posso comer: nada que tenha lactose, nem iogurtes nem queijos, nadinha. Coisas super processadas como delícias do mar (eu sei, é um nojo, mas eu gostava daquilo). O vinho branco, pra meu enorme desgosto, também é pra esquecer, snif, snif, e vou começar agora a experimentar as leguminosas, e a seguir passo pro glúten e estou pronta pra passar a comer normalmente, ou quase! A Filipa Gomes fez esta receita de gnochis de abóbora que está na minha listinha… e tenho aprendido umas receitas porreiras para acompanhamentos saudáveis, como couve roxa salteada com pêra, ou maça (buéréré nice, juro!), ou cogumelos no forno recheados com manteiga de alho, nhamiiii!
  • Ontem foi a última sessão da Oficina de Clown, e foi tão giro ver como mudei em 3 meses, e como re-aprendi a partilhar com sinceridade o que me vai na alma.  E voltei a ser mais autêntica, e eu tinha muitas saudades de mim. Também tenho aprendido a pedir ajuda, o que para alguém que se acha a gaja mais independente do mundo e arredores parecia uma tarefa titânica, mas que com a ajuda do Ricardo e do Rodrigo se tornou em algo lógico, e imprescindível. Pedir ajuda significa confiar nos outros, entender que há muita gente disposta a dar-nos a mão, se nós deixarmos. E isso ajuda imenso a reduzir a ansiedade quando se fala em mudanças, seja de País, seja de emprego, seja de estado civil. Saber que não estamos sozinhos é das sensações mais quentes que há no coração. Aprender a confiar nos outros é meio caminho andado para muitas noites de sono descansado e muitas gargalhadas partilhadas.  Esta foi a minha maior descoberta (houve outras) e é a minha actual missão. Obrigada ainda às 7 pessoas que comigo partilharam 3 meses de palco e constrangimento, alegrias e muitas gargalhadas. E um obrigada especial à Yoggi e à Jenni por estarem sempre por perto a apoiar-me e por terem aceite o meu desafio e por me fazerem sentir todos os dias que eu, jamais, estarei sozinha! Um beijinho pra todos e até já!

Bem, e por aqui me fico! Este fim-de-semana vou festejar os 40 anos dum amigo pros lados de Leiria city, e no domingo enfiar-me num avião pra aterrar no tal sítio onde o sol não brilha, pelo menos todos os dias…. ai ai, vai passar num instantinho!

Beijinhos e abraços pra todos!

Sofia

Andorinha vai a Queluz ver o Marcelo e acaba estendida na praia

Este sábado passado fui com uma amiga e as duas netas até ao Palácio de Queluz.

Mea culpa, nunca lá tinha entrado, e confesso que não sabia da sua existência para lá da placa que via há anos na A5. Tudo começou com uma visita aos primos na semana anterior, e ao ter-me enganado por causa do “estúpido” (GPS, entenda-se), fui sair mesmo em frente ao Palácio, e estupidificada pensei: isto é enorme! Tenho que cá vir!

E como gosto muito de fazer de turista no meu próprio País, no sábado agarrei nas minhas três amigas e às onze da manhã, num dos dias de Inverno mais gloriosos de 2016, entramos para nos deixarmos surpreender.

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Posso-vos dizer com honestidade que acho que Versailles não lhe fica nada atrás, e que o Palácio é ainda mais bonito que alguns que já visitei na Alemanha ou em Itália. Os jardins são magníficos, e pode-se comprar bilhete só de exterior caso não queiram ver os tesouros de D. José I e Dona Maria I, ou o quarto onde morreu D. Pedro I do Brasil. Mas olhem que valem a pena!

Almoçamos por lá, na cafetaria que só tem um prato à escolha pra almoço e saladas ou sopas, mas onde a comida é bem feita e caseira, e podem usufruir da esplanada.

Foi uma manhã tão, mas tão bem passada, que já não esperava nada, quando cheguei a casa e o Carlos e a Marta me desafiaram para ir até à praia na linha. Peguei na Família Forsight, e fui com eles até à praia da Poça. Estava um dia tão magnífico que as esplanadas estavam cheias de gente. Andamos por lá a instragramar, e deixei os estarolas correrem sem trelas atrás dos pássaros, por cima das rochas, onde eles se equilibravam bem melhor que eu durante a maré baixa.

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Completamente satisfeitos, bebemos uma imperial e malhamos uns tremoços para acabar a tarde em beleza, e viemos pra casa jantar marisco feito pelo Carlitos. Sim, que depois de um dia assim, há lá coisa melhor que rematar o dia com umas ameijoas à bulhão pato e uns camarões, acompanhados dum Cabeça de Burro?

Deslizaram que nem ginjas!

Bora sair? Tás maluco! Eu agora é cineminha! Serão de sofá e filme, e melhor remate impossível.

Posso-vos dizer que foi claramente um dos melhores dias do ano até agora!

Não sei se já vos disse, mas… daqui (Portugal) não saio, daqui ninguém me tira!!!

Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida

Irao 2014

 

“Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.”

Confúcio

Na semana passada, no blog do Filipe Morato Gomes, li este texto sobre ser Blogger de Viagens,  que me chamou a atenção porque me fez refletir e é essa reflexão que quero partilhar aqui hoje em dois pontos:

  1. As viagens não me identificam como pessoa. A Sofia que sou deve-se, isso sim, ao quanto eu cresço e me descubro em viagem.

Por vezes penso o quão bom seria que todos – eu, principalmente! – voltássemos a viajar sem máquina fotográfica, sem computador portátil nem smartphones, e sem a obrigação de relatar as experiências quase em direto.

Viajar pelo prazer de viajar. De vivenciar experiências novas. Ir, apenas ir. Com os sentidos despertos e um Moleskine em branco. Inspirado, quem sabe, pelas pisadas de Paul Theroux África abaixo. Ou outros. Mas ir, simplesmente. Guardar tudo na memória, no coração, no papel. Quem sabe desenhar em vez de fotografar. E talvez escrever um livro, muito depois de regressar. Ou não fazer nada além de guardar  as memórias para todo o sempre.

Nunca foi tão fácil viajar, acima de tudo nunca foi tão barato. Ir a São Francisco como eu vou em Abril por 400 euros, 80 contos na moeda antiga, era absolutamente impensável quando eu era miúda. Quando tinha 13 anos fui ao Canadá com os meus Pais e o meu irmão, e cada bilhete custou quase 100 contos, o que na altura era uma verdadeira fortuna.

Hoje viajamos por tuta e meia, percorremos o mundo agarrados à internet e ao Trip Advisor, à Booking e ao Airbnb, ao Facebook e ao Instagram, conseguimos ir uma semana ao México por 800 euros durante uma semana com all inclusive. E queremos partilhar, queremos mostrar que pudemos, que conseguimos, que estivemos lá. Tão preocupados que estamos em mostrar o sítio excelente onde nos encontramos, que nos esquecemos de viver o momento enquanto procuramos rede para postar só aquela foto que os nossos amigos, parentes e conhecidos vão morrer de inveja só de ver. E não estamos lá. Não estamos a guardar memórias, a descobrir, a falar com pessoas, estamos pura e simplesmente a  por o “tick in the box” naquele sítio que fomos visitar. E pomos “o tick” como em tudo o que fazemos no dia a dia, completamos uma tarefa: visitar o Van Gogh. Subir ao topo do Matchu Pitchu. Ir à Torre Eifel. Tomar banho no Pacífico que há-de ser igual ao powerpoint que recebemos por email e claro, tirar uma foto que mostre que lá estivemos. E publicar um texto onde descrevemos minuciosamente o nosso trajecto.

Também postamos muito sobre as viagens que usamos para justificar a nossa estadia no estrangeiro quando emigramos. Para mim foi importante distanciar-me da emigração dos meus Tios, mostrar aos meus Pais e à minha família que não estava emigrada a comer o pão que o diabo amassou, que estava a aproveitar. E dei comigo a postar pratos de comida. Shame on me! Depois de ler o texto do Filipe, reparei que neste fim de semana não postei uma única foto, embora tenha tirado algumas.  Deixei de ter necessidade de me justificar.

A viagem onde mais aproveitei cada dia e cada momento, foi a viagem do Irão, e hoje reflectindo o porquê é claro: não havia rede em praticamente lado nenhum e o acesso ao facebook ou ao blogger estava barrado em 99% dos casos. A Vodafone também não funciona naquelas terras, logo não estive contactável durante 20 dias. Comprei um cartão local que pus no telemóvel que não era um smartphone, e liguei única e exclusivamente aos meus Pais de dois em dois dias para dizer que estava bem. Não li emails, nem notícias. Foi na altura do ataque ao Charlie Hebdo, e só mandei um email a perguntar o que é que se passava à quarta mensagem de pânico recebida a perguntarem se eu estava bem.

Esta viagem à Pérsia mudou-me a vida, fiz grandes e excelentes amigos. E acima de tudo apaixonei-me pelo Irão e pelas suas pessoas.

Na última viagem que fiz à América Central havia wifi em todo o lado, e culpada me assumo, não fiz o mesmo porque a minha cabeça não estava ali, e por isso aproveitei pouco, e embora me tenha divertido bastante, o impacto não chegou nem aos calcanhares do Irão.

Na próxima viagem não vou ter internet, nem rede, sabe Deus electricidade na maioria dos sítios, e como tal tenho a certeza absoluta que vou curtir alarvemente. E como disse um amigo meu, vai ser uma viagem que vai ser “life changing”, e mal posso esperar para aterrar em Madagáscar e cumprir o meu propósito: aproveitar mais e relatar o mínimo. Mas hei-de o fazer antes disso. Viver no presente mais do que no futuro ou no passado é o meu repto para 2016.

Por último, quando pensei em por o meu blog a render dinheiro, a primeira coisa que me perguntaram foi: vais fazer um blog de viagens? Ao que eu respondi imediatamente que nem pensar. Não são as viagens que me definem como Andorinha. As viagens moldam-me e são uma parte da minha maneira de ser, mas não são quem eu sou.

                2. Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida

Esta frase banalizou-se, e hoje em dia as pessoas convertem os hobbies em trabalho. Pouca gente se apercebe que a partir do momento em que se dedicam a 100% ao hobby, este deixa de dar o prazer que lhes dava porque tem que ser vivido de outro modo para poder render dinheiro, e acima de tudo porque se transforma em múltiplas responsabilidades que não existiam anteriormente.

Uma coisa é fazermos um trabalho que abominamos e para o qual não temos vocação nenhuma. Por favor, mudem de vida já!

A outra é, assim que nos desmotivamos porque algo corre mal (o chefe é uma besta: a empresa já viu melhores dias) e não porque deixamos de gostar do que fazemos, em vez de procurarmos outro emprego na mesma área, decidirmos que agora vamos viver do cultivo da horta porque adoramos o campo, da renovação de móveis porque somos bué da bons no DYI, do Yoga porque gostamos imenso das aulas de Yoga, da fotografia só porque os nossos amigos fazem like das nossas fotos no facebilhas, das viagens porque gostamos imenso de viajar….. and so on, and so on.

Eu não digo que não seja possível viver da horta, do DYI, do Yoga, da fotografia e do que mais, o que eu digo é que não é possível transformarem um hobby num trabalho ….. sem terem que assumir as responsabilidades acrescidas que vêem com qualquer emprego, qualquer trabalho, que mais não seja a periodicidade, o aumento dos leitores, o escrever algo que seja interessante e vendável, o levar fotos a concursos ou exposições, o desgaste puro e duro de qualquer trabalho, seja ele qual for. 

O Filipe já era amigo do meu irmão, hoje é meu amigo também e eu adoptei a família dele de quem gosto muito. E por isso é que lhe disse com franqueza este fim-de-semana, e digo agora por escrito aquilo que sinto e penso há muito tempo não sobre o Filipe em particular, mas sobre todos aqueles que escolheram o seu hobby favorito como profissão:

É natural que se sintam “mecanizados”, “automatizados”, que procurem formas diferente de se relacionarem com as viagens, com a fotografia, com o desporto, …. porque hoje em dia aquilo que  era um expoente máximo de prazer semanal, mensal, anual ou bi-anual, é o vosso ganha-pão.

E é natural que, tal como em todos os trabalhos, já não sintam no dia a dia esse “kick” de prazer, porque mesmo tendo escolhido um trabalho de que gostam, este tornou-se rotineiro, cansativo, adaptou-se às necessidades do mercado que têm de preencher para poder receber a remuneração que vos permite viver deste prazer.

E assim o prazer se esbate, e inevitavelmente se converte numa obrigação.

Eu interpreto a frase do Confúcio como a necessidade de se gostar do que se está a fazer, o que me parece lógico e saudável, não como a necessidade de se ver no nosso maior prazer a nossa válvula de escape para não termos de trabalhar.

Eu sei que muitos não vão concordar comigo, mas é assim que eu protejo os meus maiores prazeres na vida: cães e viagens. Os primeiros estão esterilizados! E as viagens nunca vão ser profissionalizadas!

É o que se chama um fim-de-semana non-stop…!

Isto, pra quem não tinha planos, foi sempre a abrir….

Sexta-feira fui jantar ao Zé dos Cornos, nunca lá tinha ido. Comi muitíssimo bem, e paguei 11 euros… viva Portugal, a sério! A comparar com uma saída na Holanda que não dói menos que 30 euros, está visto porque é que cá tenho 10 vezes mais vida social que nos Países Baixos.

Foi uma cavaqueira boa entre 4 amigos e deu pra matar saudades dos dias em que viajamos juntos, principalmente quando me levaram à Casa Independente onde, não sei porque motivo, ainda não tinha entrado. Gostei do ambiente, gostei da música, gostei do sumo de laranja com banana e gengibre, gostei da decoração simples e do pézinho de dança no final. Gostei de explorar com eles sítios que não conhecia, de passearmos pelas ruas e sem querer transportar-me às caminhadas nocturnas no Irão. Um gosto!

Sábado acordei tarde, e passei a manhã a “estudar” Holandês, e pus entre aspas, porque na verdade não me custou rigorosamente nada! É que decidimos (a Professora Ellen e moi même) ler um livro em conjunto, e a partir do livro extrair a aula. Não me custou nada, não me senti a estudar, e gabo-nos a ideia! Almocei, e fui à Roda dos Livros. Esta roda, não sei porquê, foi especialmente … fixe! É, fixe é a palavra. Fizemos foi muito barulho, talvez porque fossemos muitos, ou porque, e esta é a melhor razão, estivéssemos mais animados que o costume. Não sei, sei que foi mesmo fixe, e a pilha de livros era imensa e fomos bastante unânimes até! Ganharam “by far” a Tetralogia da Elena Ferrante (A Amiga Genial) e o Coro dos Defuntos do António Tavares. E trouxe de lá uma recomendação de um livro sobre a Colômbia que me vai cair que nem ginjas antes da minha viagem!

Bom, saída da roda, entrei na roda viva que foi o resto do sábado. Das seis às oito e meia tive aula de Holandês cá em casa, passou a voar, aprendi imenso e não me custou nadinha! E às nove estava a sair de boleia com amigos “retornados” como eu, e fui a um aniversário. Jantei no Mercantina, e comi bem, mas nada do outro mundo… mas pra quem tinha que servir uma mesa com 30 pessoas, foram eficientes, há que dizê-lo! Voltei pra casa pela uma da manhã, enquanto a malta foi dar um pé de dança e eu ansiava pela minha cama. Estava frio, a chover, desagradável… eu queria era lençóis e mantas!

Apesar disso, domingo “madruguei”, e às nove e meia já estava a tomar café na varanda. E finalmente percebi a frase da app do telemóvel: pancadas de chuva! É que fazia sol, e a seguir caíam trombas de água que duravam 5 minutos, uma coisa estranhíssima. Uma ventania que até os cães tremiam! Apareceu uma amiga, fomos apanhar as netas dela pra ir tomar o pequeno-almoço, passamos pela Livraria Barata pra comprar mais uns livros (à mais pequena com 11 anos, enfiei-lhe o Rosa Minha Irmã Rosa nas mãos e desafiei-a…! Espero que goste!), e depois de passear os meus artolas de 4 patas, fui almoçar a casa dos meus Primos. Conheci a pequena Eva, os Pais da miúda que eu nunca tinha conhecido, comi dois pratos de feijoada que atiraram comigo pro tapete (estava excelente!), trouxe mais livros que o primo recomendou, e cheia de família, carinho e comida, cheguei a casa pra não mais sair aí pelas quatro e meia.

Um friiiiiio! De repente a temperatura desceu, estavam oito graus e eu com reminiscências! Credo, que foi um estaladão que soou aos menos quatro Holandeses.

Foi ligar a lareira e começar a receber amigos! É que o networking é muito forte, e ainda não me meti no avião pra Madagascar, e já conheço duas companheiras de viagem, e vou conhecer mais duas! E com a vontade apurada pra chegar lá depressa, mesmo só sendo em Agosto, comprei o meu bilhete, e agora já não há volta atrás! E estou mesmo muito contente!

Não me lembrei nem por um segundo que era o dia dos namorados até que o meu amigo Sam me deixa uma mensagem a dizer: espero que neste dia dos namorados, o teu Bitoque te dê muitas lambidelas! <3

E assim foi, entre os mimos do meu Bitoque e da minha Juicy e da minha Petzi, os mimos da família e dos amigos, o fim de semana voou literalmente, e cá estamos nós, numa segunda-feira de sol e chuva novamente, bem abrigados (que está um frio que não se pode! ) e com o coração quentinho de tanto mimo.

Espero que o vosso também seja bem fixe, e continuem desse lado, que eu prometo postar mais só pra vos poder ouvir! Boa semana! 🙂

Friday Link Pack – week 3 –

Quem não souber cantar este jingle é perneta e cheira mal da boca!

Ora este fim de semana para mim é muito curtinho, porque tenho que ir dar ali um saltinho até à Holanda, e isso é coisa pra me entalar o dito cujo inteirinho.

Os planos são simples: sábado de manhã vou atirar com a Família Forsight pro banho (já não estão brancos, estão mais pro creme acinzentado, que é como quem diz, cor de nojo!), e depois tenho que fazer a mala pro congelo…tá tanto frio na Holanda…só espero que as previsões de subida de temperatura se concretizem, é que esta semana andaram nos -7, -10, -4, a sério, um puto dum frio que até os pêlos do cú batem palmas! Seguem-se 4 horas de carro até Braga que vou passar a ouvir o meu podcast favorito, The Moth (se ainda não conhecem, façam download de uma das sessões, é um conjunto de histórias narradas na primeira pessoa sobre eventos que os marcaram, são gravações de story telling slams, e valem MUITO, mas mesmo MUITO a pena, prometo!) , e ao passar pelo Porto vou lanchar com a Pipas que acabou de vir do Perú e da Bolívia e babar na viagem que ainda não fiz… Domingo há tempo pra pouco mais… já que não posso votar, vou-me agarrar ao livro que ando a ler, almoçar, e embarcar pra Holanda. Ainda agora não começou e parece que já acabou!! Ai ai….

Alguns links desta semana pra vocês:

  • O Observador publicou esta lista de jingles dos anos 80, e quem não ficar bem disposto hoje ao ouvi-los, é uma batata podre!
  • Vocês já viram este vídeo sobre a comida orgânica explicada pelo Star Wars? Delicioso!
  • Faço parte duma Roda de Livros, e tenho lido como nunca. Esta semana publiquei o meu primeiro post no blog da Roda sobre o livro Enquanto Lisboa Arde, o Rio de Janeiro Pega Fogo. Vão lá ver se gostei 😉
  • Este ano o meu desafio literário é de ler 36 livros… será que consigo? E o vosso?
  • A minha amiga Cristina fez o que pouca gente se atreve a fazer: largou o emprego que a desgostava e foi fazer o que mais ama. Eu já tive direito a uma aula na praia, e oh God, que desgraça que eu sou a fazer Yoga, mas a Cris é rock and roll! E eu tenho imensas saudades dela, espero vê-la daqui a dois meses, yuhuuu! So proud of you my friend!
  • Tenho que visitar este restaurante quando abrir!
  • Todas as quintas-feiras vou à Oficina de Clown, e é viciante. Obrigada Ricardo e Rodrigo por a criarem para nós, são 3 horas de gargalhada por semana que me fazem renascer!

Espero que o vosso fim de semana seja bem mais divertido que o meu a viajar dum lado pro outro, e que o sol brilhe lá fora e vos deixe aproveitar as esplanadas à beira rio, ou à beira mar, ou à beira canal, sei lá, wherever you are, espero que tenham um excelente descanso!

Beijo, beijo!

Uma “Open House” – “best idea EVER” para celebrar o meu aniversário

No domingo dia 15 de Novembro, fiz 39 aninhos.

Estou uma jovem, ou como disse a uma amiga minha espanhola: casi 40 y sigo bueníssima!! Estoy que no me aguanto!!!!

Haja auto-estima como a minha, isto é que é poder….! Nem preciso de ajuda pra me enaltecer, assim é qué Sofs Maria! Adiaaaaaaaaante!

E quis convidar um grupo de amigos bem pequeno cá pra casa, só que comecei a fazer a lista e com crianças e tudo, éramos quase 50….! Eu sou muito boa a fazer amigos, e amigos duma vida inteira, daqueles que ficam e não vão embora, “graçá a Deus, né mêmo”?
E foi isto que aconteceu por email e foi assim que organizei o meu dia de anos:

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Subject: Onde estás tu dia 15 de Novembro?
Texto: 


Vocês não sei, mas eu vou estar em minha casa à vossa espera!
Queridos Amigos e Família,
Era meu hábito dar uma mega festa em Amesterdão porque a minha sala tinha 60 m2, e normalmente cabíamos lá 50 ou 60.
Este ano pensei que pelos meus anos não queria fazer uma coisa grande, queria um lanchinho com as pessoas que me acompanham todos os dias, ou quase, e aqui em Portugal somos menos porque há muitos emigrados.

– Faço uma lista.

São 50 “manos” outra vez, crianças inclusive e mais cães e eu penso: estou lixada com F. Quem me manda fazer amigos assim? E agora como é que descalço esta bota?

E tive uma ideia, que não sei se é muito brilhante, mas é uma ideia 😀

E se eu fizesse um dia de Open House?

Ou seja, o pessoal pode vir tomar o pequeno-almoço, almoçar, lanchar, jantar, na hora que mais lhe der jeito, pode ficar 10 minutos, meia-hora, 3 horas, o dia inteiro, oh pa, é como quiserem.
Ninguém tem de me dizer a que horas chega, ninguém tem de stressar pra estar cá à hora X, se não puderem vir, também não faz mal. Ninguém espera por ninguém pra comer, se não houver cadeiras sentamo-nos no chão
:)))

Família é família!!!


Podem e devem trazer os miúdos e os canídeos.

Só não me tragam prendas que eu não preciso de mais cremes nem perfumes, nem brincos, nem echarpes nem pulseiras, venham cá dar-me um abraço, tragam qq coisa pra beber se tiverem coisas específicas de que gostem muito, ou intolerâncias alimentares, sopinha pras crianças eu tenho!

Bora?

Beijos grandes e abraços apertados!
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E posso-vos garantir que foi a MELHOR IDEIA QUE JÁ TIVE, mas assim tipo, EVER!!!

Os meus amigos responderam-me a dizer coisas como: tu és louca. Só tu pra fazeres uma coisa destas. Que ideia fantástica! I’m in. Tenho um almoço marcado, passo aí de manhã. Tenho um jantar marcado, vou aí de tarde. Estou de stand-by, mas vou aí de manhã.

Resultado, as pessoas acabaram por vir quando quiseram, tomaram um café ou um chá comigo, uns vieram tomar o pequeno-almoço, outros apareceram ao meio-dia e almoçaram e ficaram cá até às 5 da tarde, outros apareceram depois do almoço pra tomar café, outros pra lanchar, e ainda houve o grupo final que apareceu depois dum espectáculo, aí pelas 20? E que vieram jantar petiscos.

Estivemos quase o tempo todo à mesa ou na varanda ao sol a conversar, deu pra nos rirmos com as bacoradas uns dos outros, pra apresentar quem não se conhecia mas já tinha ouvido falar, deu pra brincar com os miúdos, os miúdos perseguiram os meus cães que ficaram tão esgotados que ontem ainda nem se mexiam, falamos de tudo, desde nós, os miúdos, política, gafes, coisas boas e coisas más, e de como eu adoro malta que diz tudo o que pensa, e eu estive o dia todo acompanhada, como se quer num dia de aniversário, a receber abraços e sorrisos,
E como disse que não queria prendas (que faria se lhes tivesses dito: prenda all inclusive) ainda recebi um marcador de livros lindíssimo que a Maria José me trouxe da Índia, 4 livros que eu ainda não tinha e cada um melhor que o anterior, todos bons, mesmo bons. Chocolates, uma planta de trevo de 4 folhas pra me dar sorte (não fosse eu a gaja mais sortuda do mundo!), flores (tenho tulipas em casa pela primeira vez em dois anos, merci Jenni!), speculoos, que se não sabem o que é, não sabem o que perdem, compotas caseiras que eu adoro, e um bolo, e uma tarte de amêndoa, e um sabonete home made que deixa a pele tipo seda, e lava meeeesmo (oh tu, miúda, you know who, quero mais sabonetes, vamos fazer negócio!), e muito beijo e muito abraço, e muita gargalhada.

Isto já vai muito longo.

Quem tem amigos tem tudo.
Quem tem amigos como eu, tem um mundo de felicidade coroada e benzida, é só colher.

Foi ÉPICO! Tão épico, que a partir de agora vou passar a fazer isto todos os anos.
Pelo menos todos aqueles que estiver em casa e não a viajar!

Pro ano faço 40…!

Tenho tanto para contar… meu querido mês de Agosto

e tão pouco tempo para actualizar o blog com as fotos todas que eu gostava de aqui colocar…

No início de Agosto começaram a chegar os meus amigos que estão fora.
E eu de repente assumi que a minha estadia em Lisboa não é de todo temporária. Sendo assim deixei-me de revivalismos e de ir sempre aos sítios de que gostava e que já conhecia, e decidi conhecer os mil e um novos recantos Lisboetas, e ampliar o meu portfolio de “must go places” em Lisboa.

Começou na segunda-feira dia 10 de Agosto, e não mais parou.

Fui ao Rooftop do Hotel Mundial, fui ao Topo que fica no último andar do Centro Comercial Martim Moniz, fui jantar ao Zapata e ao Cantinho do Azis, e beber mojitos na praça do Martim Moniz, e jantar à Tasca da Esquina, e à Petiscaria, e à Cervejaria do Baleal, e à Rua Cor-de-Rosa e à Pensão Amor (onde vergonha das vergonhas, ainda não tinha posto os pés), e….. andar de veleiro no Tejo. E fiz piqueniques na mata de Alvalade, e fui à Roda dos Livros e petisquei e fiz praia, muita praia sempre com os meus melhores amigos caninos e humanos, e um fim de semana no Algarve com super amigos que vivem na Holanda, na Bélgica e em Londres, uns regressados e em êxtase pelo regresso, e outros felicíssimos por ainda viverem fora onde as emoções correm tão rápido pelas veias e pela alma.
Oh I am so incredibly happy, so incredibly LUCKY.
Enquanto navegava pelo Tejo e passava pela primeira vez por baixo da Ponte 25 de Abril, repetia incessantemente: eu tenho TANTA sorte.
Sou a pessoa mais sortuda do MUNDO MUNDIAL!

Mata de Alvalade

 

Foi um mês de Agosto e Setembro non-stop, que me encheu as medidas e me retirou tempo para mais posts sobre as minhas viagens, I was too busy living life.

Mas os posts vão regressar, assim como eu regressei ao trabalho depois da viagem da América Central, e assim como regressaram os emigrantes, mas eu, desta vez, fiquei em terras Lusas.

I love my life in Lisbon, I love my life in Portugal. Daqui não saio, daqui ninguém me tira!

My Shaun e Nova Iorque pelas paredes

O Shaun é um dos meus melhores amigos e um dos maiores tesouros que ganhei com a minha estadia na Holanda.
Trabalhamos juntos e um dia ele decidiu mandar a vida corporativa às favas, regressou a Nova Iorque e começou um Tumblr chamado Words on the Street, com fotos de “street art” para poder captar através destas imagens a vida da cidade e as constantes mudanças que ocorrem no seu País e no mundo.
Há coisa de uns meses, foi contactado por uma moça Inglesa que faz pequenos documentários e criou uma página para falar sobre “The Human Stories“, pessoas desconhecidas que ela entrevista e pede para falar sobre o que os apaixona.
Eu sigo o tumblr do Shaun, e quando vi esta entrevista fiquei deliciada, e decidi partilhá-la convosco pela sua qualidade e emoção.
Love you and miss you Shaun!

O Primeiro Verão – Trailer

Este filme, depois de ter vencido o prémio de melhor Longa Metragem Portuguesa de Ficção no Indie Lisboa 2014, vai agora estar no Cinema City de Alvalade em exibição de 9 a 15 de Julho.

Vai ao Cinema City ver “O Primeiro Verão” e contribui para a ascensão de um novo realizador português. Mais tarde poderás dizer: Eu vi o primeiro filme do Adriano Mendes ainda no antigo Cinema City de Alvalade.
Se não puderes ir, partilha nas redes sociais.

O filme não é uma grande produção de Hollywood, mas é muito bonito e passa-se numa região lindíssima de Portugal. O filme precisa de toda a ajuda que pudermos dar com a divulgação, pois eles não têm dinheiro para publicidade.
Gostavamos muito que o Adriano realizasse mais filmes. Para além de muito talento, ele é muito dedicado e é muito boa pessoa. Precisamos de criadores assim.

Por isso aqui fica o desafio e o trailer.