O programa de fim-de-semana ideal

Este fim-de-semana foi praticamente ideal. E digo praticamente porque ontem à noite tive uma azia que deu cabo de mim até às quatro da manhã…. fora isso, foi perfeito.

Sábado acordei quase às dez, fiz aquelas tarefas que estavam pendentes da semana, e saí pra almoçar no Espelho D’Água, cães e tudo. Estive lá da uma às 5 da tarde com mais 3 amigos a apanhar solinho (tão, tão bom este sol de Janeiro!) e a falar de viagens: um tinha regressado do Peru e da Bolívia, outra tinha ido à Antártida (sim, leram bem! Que sonho de viagem!), e outra vai de hoje a 8 para a América do Sul só com bilhete de ida, sem data para regressar, em viagem. Nós damo-nos tão bem que me ri até doer os maxilares, soube-me pela vida.

Passei pelo talho, fiz umas compras e vim pra casa fazer o jantar pra mim e pra mais dois amigos, sem combinar, aquelas coisas do “aparece lá em casa!”.

Depois do jantar decidimos ver um filme porque a Vodafone me tinha oferecido um por causa da minha rede andar lenta (adoooooro o apoio ao cliente da Vodafone, pode não ter a melhor rede, mas tem com certeza o melhor atendimento ao cliente de todas as operadoras que já tive), e entre muitos e bons filmes, quis ver o Inside Out (Divertida-mente em Português). Este filme fala sobre as emoções: a alegria, a tristeza, a raiva, a repulsa e o medo. E de como elas interagem para fazerem de nós quem somos. Explica porque é que a tristeza é tão importante como a alegria, porque é que se deixarmos a raiva e o medo sozinhos tudo pode correr mal, e tudo isto através duma animação que apresenta um nível de imaginação ao nível dum Harry Potter. Vejam, recomendo mesmo muito, e deixo-vos aqui o trailer pra teaser.

Domingo, depois de uma noite muito bem dormida, acordei para fazer um prato que adoro e que me saiu cinco estrelas: entrecosto no forno!

Depois de me alambazar ao almoço e ter passado o domingo de manhã na ronha, deixei uns ossos poderosos aos meus bonequinhos, e fui pra casa da Cris ouvir falar de livros durante 4 horas enquanto chovia lá fora! Ele há coisa melhor? A Roda dos Livros fez 3 anos de existência e nós fomos festejar enquanto babávamos em cima dos livros uns dos outros.  Há malta que lê mais de 100 livros por ano, eu cá sou uma fraquinha (mas vou melhorar!) e leio uns 12 a 20 anualmente, mas à quantidade de livros que trago emprestados da malta, acho que um dia vou dar comigo também a ler assim, convulsivamente. E só para garantir que este ano chego aos 20 livros, trouxe logo “A Amiga Genial” da Elena Ferrante e o último livro da triologia do Espião Português do Nuno Nemopuceno,  “A Hora Solene“.

Como tinha passado a tarde a comer, não jantei. Dei de jantar aos canídeos, e eram nove e meia e estava no meio das mantas e dos lençóis, a ler, eu e os cães…e a azia. Não sei se era do livro (ando a ler o Enquanto Lisboa arde e o Rio de Janeiro Pega Fogo) que fala mal de Portugal e enaltece o Brasil, se do entrecosto, se da quantidade imbecil de comida deliciosa que petisquei a tarde toda, o que é certo é que estive até à uma da manhã a tentar adormecer e hoje custou-me horrores levantar.

Mas mesmo assim, apesar do desfecho, foi um fim-de-semana de inverno para lá de perfeito!

Boa semana pessoal!

Friday Link Pack com cheirinho Natalício e que vai sair numa quarta-feira (excepcionalmente)

A Família Forsight deseja-vos um excelente Natal!
A Família Forsight deseja-vos um excelente Natal!

Esta sexta é dia 25 de Dezembro, não é uma sexta qualquer.

É a sexta-feira do ano em que se celebra o nascimento do Menino Jesus para quem é Católico como eu, ou pura e simplesmente o dia em que se reunem as famílias (mesmo que não se gramem e que a união seja pouco consensual) para, à boa Portuguesa, comerem até rebentar bacalhau, polvo, rabanadas e filhozes.

Não é que eu não goste do Natal, palavra de honra que gosto, mas eu sou uma pessoa pouco hipócrita, e custa-me esta “união” encapotada, assim como me custa ter que sair na Passagem do Ano, só porque é dia 31 de Dezembro e é suposto me apetecer sair à noite.

Não estou amarga malta, nem sequer estou chateada ou aborrecida, só quero fazer com que parem 10 minutos pra pensar, e reverem “O que é o Natal”.  Vá lá, parem só um bocadinho, leiam isto, e depois voltem pros Centros Comerciais cheios de gente, se conseguirem 🙂

  • O meu amigo Rodrigo dá 3 ideias excelentes de como recuperar o verdadeiro espírito natalício, seja entre familiares ou estranhos.
  • Eu gostava de dar uma quarta sugestão para limpar o pó aos vossos corações: no dia 25 de manhã, juntem-se todos de pijama à volta da TV e vejam o filme de Natal mais conhecido do mundo (e não, não é o Sozinho em Casa ou o Música no Coração) e mudem a vossa forma de ver a vida e dêem sentido à vossa existência.

Vejam o “It’s a Wonderful Life” (eu sou uma fofinha e estou-vos a dar o link pro filme COMPLETO no youtube).

Se depois de verem este filme a vossa vida não mudar, se não se tornarem irritantemente optimistas como eu, mudo de nome! Tenho dito!

E agora que já vos convenci a viver o Natal verdadeiramente, deixo-vos mais dois ou três sugestões para vos deixar bem dispostos:

 

Espero honestamente que tenham um Natal verdadeiro, estejam onde estiverem, e com isto quero dizer uma noite em que os vossos corações se aqueçam e sintam o verdadeiro amor a pulsar nas veias. Tudo de bom nesta noite que aí vem, eu vou tentar fazer o mesmo que vos sugiro e depois digo-vos que tal me senti, deal?

 

mote 1

Mustang, o filme

Uma das coisas que prometi a mim mesma fazer assim que regressasse a Portugal era voltar a ver cinema fora do circuito comercial, agora com legendas em Português, e não perco um ciclo de cinema estrangeiro no S. Jorge.
Já fui ao ciclo de cinema Holandês, fui ao Ciclo de cinema Italiano, perdi o Argentino porque estava de férias, mas o Francês não me escapou. E ontem fui ver o Mustang de Deniz Gamze Ergüven.
Eu não suporto nada que seja Francês, excepto cinema. Os tipos sabem fazer bons filmes.
O Mustang passa-se na Turquia e deixou-me a bater mal.
Porque para mim o meu pensamento constante foi sempre: “a sorte que eu tenho…!”.
São cinco irmãs educadas pela Avó e pelo Tio após a morte dos Pais.
De repente e por um motivo inocente, depois de um êxtase de felicidade juvenil, vêem-se encarceradas em casa, que se parece gradualmente cada vez mais a uma prisão, e começam a ser preparadas para casar, e a separar-se umas das outras.
No início pensei que era uma espécie de “Mulherzinhas” à moda Turca, mas rapidamente me apercebi que não tinha nada a ver.
É um filme forte, sobre os costumes Turcos, sobre a adolescência, sobre a liberdade, sobre mentira e decepção, sobre esperança e perseverança.
Vai ser o candidato aos Óscares para melhor filme estrangeiro, e não sei se merece um Óscar, mas certamente merece ser premiado pela academia. Pelo menos as miúdas têm que ser premiadas, porque as cinco são absolutamente ex-tra-or-di-ná-rias.
Pelo menos Cannes já cá canta.
Adorei, ainda estou aqui a bater mal, que eu sou muito sensível a estas coisas e a estas situações, mas recomendo mesmo muito vivamente que o vejam assim que ele entrar no circuito comercial.
Sim, porque este filme vai estar nas salas de cinema e vai dar muito que falar.

O ciclo de cinema Francês está a decorrer até dia 18 de Outubro, cliquem no link para mais informações.

O Primeiro Verão – Trailer

Este filme, depois de ter vencido o prémio de melhor Longa Metragem Portuguesa de Ficção no Indie Lisboa 2014, vai agora estar no Cinema City de Alvalade em exibição de 9 a 15 de Julho.

Vai ao Cinema City ver “O Primeiro Verão” e contribui para a ascensão de um novo realizador português. Mais tarde poderás dizer: Eu vi o primeiro filme do Adriano Mendes ainda no antigo Cinema City de Alvalade.
Se não puderes ir, partilha nas redes sociais.

O filme não é uma grande produção de Hollywood, mas é muito bonito e passa-se numa região lindíssima de Portugal. O filme precisa de toda a ajuda que pudermos dar com a divulgação, pois eles não têm dinheiro para publicidade.
Gostavamos muito que o Adriano realizasse mais filmes. Para além de muito talento, ele é muito dedicado e é muito boa pessoa. Precisamos de criadores assim.

Por isso aqui fica o desafio e o trailer.

Coisas giras pra fazer em Abril, Maio e Junho

Indie Lisboa 2015 – de 23 de Abril a 3 de Maio
Out Jazz Lisboa 2015 – de 2 de Maio a 27 de Setembro
Ciclo de cinema Argentino no S. Jorge – de 14 a 17 de Maio
Feira do Livro – de 28 de Maio a 14 de Junho
Primavera Sound no Porto – de 4 a 6 de Junho

Se tiverem mais dicas, debitem!
Quem sabe de peças de teatro engraçadas a estrear ou em cena?

La grande belleza

Se ainda não viram, vejam.
Tem das melhores fotografia que já vi na vida, ao nível dum véu pintado.
O argumento tem piada e o filme é giro, mas soberbo mesma, é a fotografia.
Óscar de melhor filme estrangeiro de 2013.
Não sei se não haveria outros melhores, mas este é bom. E nem um Tuga bate a pinta dum Italiano, mesmo que o Italiano tenha mais de 60 anos. Tem sempre um charme a que é impossível resistir.

The Great Beauty:

MUST GO! FESTIBÉRICO, O Festival de Cinema Luso-Espanhol na Holanda – 20 a 30 de Março de 2014

É a única oportunidade que tenho de ver filmes Espanhóis e Portugueses que não pude ver nas salas de cinema Portuguesas.
Colmata a distância, aquece o coração e torna mais fácil ultrapassar os dias de frio e chuva do inverno Holandês (que este ano não está mal de todo!).
Quando já não se aguenta mais home cinema e apetece dar um giro, é meterem-se no comboio ou no carro e partirem em direcção a Delft, de 20 a 30 de Março para verem filmes na nossa Língua de Camões e na de Nuestros Hermanos.

Este festival é bi-anual, por isso se deixarem passar, depois só em 2016 é que há mais! Tem curtas, tem realizadores convidados para falarem connosco e a quem podemos colocar perguntas, e tem filmes com legendas em inglês!! Por isso se quiserem levar o vosso namorado ou namorada estrangeira convosco, é esta a melhor oportunidade!

O Festival abre com o Gaiola Dourada pra quem ainda não viu (eu certamente vou rever!) e ainda em Português passa As linhas de Wellington (QUERO VER) e “O som frágil do meu motor”, com direito a realizador e actriz principal entre nós para lhes podermos fazer as perguntas que quisermos.
Eu cá vou fazer de tudo pra poder ir ver também o “Tres bodas demás”, tenho a certeza que vai ser de chorar a rir.

Página de Facebook, cliquem aqui: FESTIBÉRICO
Website: www.festiberico.net

Os meus amigos de Amesterdão que queiram ir e queiram boleia que me digam.

Now go my friends, and SPREAD THE WORD!!!

What Ever Happened to Baby Jane

Não tenho muitas palavras pra explicar porque é que devem ver um dos melhores filmes de sempre, e que, na minha humilde opinião, considero como o melhor filme que já vi, ou um dos melhores, top 10 no mínimo.
Sempre ouvi falar da Bette Davis como um exemplo de classe e elegância de voz rouca, para mim era uma Actriz tocada pelo glamour dos anos 40 de Hollywood.
Até que comecei esta saga de filmes clássicos e fui ler um bocadinho sobre ela. Além de ter aprendido que ela e a Joan Crawford, ambas protagonistas do Baby Jane, se odiavam de pedra e cal, de morte, ao ponto de esticarem o pezinho pra outra tropeçar quando fosse buscar o Óscar, aprendi que ela fez uma carreira dura, com muitos sobressaltos e que encarou mal a velhice, como todos aqueles cuja vida e carreira depende da beleza, mas honestamente, não percebo porquê. É que depois do Baby Jane, a Bette Davis passou a ser, pra mim, uma das melhores actrizes de todos os tempos.
Não é que a Joan Crawford fique atrás de certeza, mas tenho que ir ver os filmes dela que ainda não vi. Vai ser com certeza um mano-a-mano lixado.

O que é garantido é que estas duas Senhoras fazem o papel duma vida neste filme, e são tão, mas tão tremendamente boas, que vos garanto que as imagens que vão ver não vos vão sair do pensamento durante muitos anos. Esta sonhei com a Bette Davis como Baby Jane, pela minha saúde que aquilo foi imagem colada à retina do meu olho durante a noite inteirinha.

Louca, completamente louca.

E olhem só, não tem efeitos especiais!! Já viram, ah? Que feito? Um filme brilhante todo feito à base de duas actrizes. Pa, quem diria, ah?
Bem, vou estacionar ali o sarcasmo pra ver se deixo de ter vontade de me esbofetear seriamente por nunca ter visto estes filmes antes.
A próxima gente que me disser que filmes a preto e branco são uma seca, tem duas opções:
– ou entra pela minha televisão a dentro com a minha ajuda;
– ou desaparece da minha listinha de pessoas que vale a pena conhecer, that simple.
Manelinho, põe-te fino! Não sei se já tinha dito, mas o Manelinho voltou a viver cá em casa em Dezembro do ano passado. Já fez das dele, mas ainda não foram das antigas, está melhorzinho. Mas se voltar ao registo, voltam os posts. Dizia eu então, que o Manelinho achou que eu estava tolinha porque ia ver filmes a preto e branco, cruzes! Eu devo ter feito um olhar à la Baby Jane, que o rapaz enfiou o rabinho entre as pernas e foi ver futebol pros Lusitanos e desamparou-me a loja num ápice! Quase o esgano!
É que eu nunca disse que não gostava, eu só não sabia quais ver!
Vi um ou outro espaçados na televisão a minha vida inteira, sempre me perguntando porque é que os americanos viam tanto filme dos anos 40 deles e a nós só nos chegavam os “sozinho em casa” de Hollywood. Sempre me pelei por um Leão da Estrela, por um Aldeia da Roupa Branca, por um Severa ….  please, tanta coisa boa que há por ver e conhecer senhores.
Abençoada ideia esta de pedir ao Shaun uma lista! Magnífica ideia de inverno.
Vejam o What ever happened to baby Jane, façam esse favor a vocês mesmos.
Muito muito muito, pronto, infinitamente bom!

Hoje estou tão “cheia”, “preenchida”? Acho que preenchida é a melhor palavra, que não vou ver outro grande filme. Volto à saga amanhã. Hoje vou mesmo “morder as beiras” ao Tocaia Grande, já só me faltam 100 páginas pra acabar, mas a letra é muito miudinha….e Jorge Amado é tão bom.
Olhem, quase tão bom como o Baby Jane!

Coisa boa que já cá canta!

Dois filmes com o Humphrey Bogart que eu nunca tinha visto, oh alma inculta e adormecida, que andava a perder estas maravilhas e não sabia. Clássicos como:

“The African Queen”

É engraçadíssimo reparar nas inconsistências cinematográficas da altura, como por exemplo:
– Eles não comem o filme inteiro, só na primeira refeição para efeitos de cena. Passam o filme todo a cigarros, gin, cházinho e água benta.
– Há uma altura em que aparece uma bandeira feita à mão, vá-se lá saber com que tintas, aquele barco é “canito”, mas cabe lá tudo aparentemente e está tremendamente bem escondido e seco, mesmo depois de passarem cascatas.
– A cena qual MacGyver (eu acho mesmo que o MacGyver foi criado depois do realizador ter visto o African Queen – ai ele consegue construir um leme assim do nada? Então o meu herói pode fazer bombas com pastilha elástica!) em que ele faz uma forja com a ajuda duma fogueira banal e faz um leme novo.

Aparte estas coisas, que são o que são porque obviamente na altura não contavam com o batalhão de informadores cibernáuticos e cheios de wikipédias, nem com quinhentas melgas picuinhas, ah e tal, porque este filme é uma banhada porque as sanguessugas não saem com sal assim!, dizia eu, que aparte estas coisas, este filme é uma representação fantástica do Humphrey Bogart e da Katherine Hepburn (que senhora!). Mesmo que não pinem o filme todo e o mais nú que vemos do Bogart seja as costinhas, há que dizem que foram ganhos Oscáres por este filme, com todo o mérito.
Vejam, é entretenimento puro e está tão bem feito pra época que até é crime eu estar aqui a dizer estas barbaridades. E o Bogart mereceu mesmo o Óscar, encarnou o marujo e o bronco na perfeição. Se tivesse coçado os tomates e cuspido pro chão, tinha saído da tela e era uma personagem real!

NEXT

Ontem limpei o “The Maltese Falcon“, num registo de policial e detective, e tenho a confessar que o argumento é tão bom, mas tão bom, que eu vou ter que voltar a rever os últimos 20 minutos de filme porque não consegui perceber muito muito bem tudo o que se passou e se revela, com certeza, no final. Mais do que a representação neste caso, embora o Bogart esteja novamente muito bem, é mesmo o enredo. Qual Tia Agatha, estive até ao fim pra entender quem matou quem, quem roubou quem, quem é verdadeiro e quem é falso.  Recomendadíssimo também, com certeza.

E hoje vou ver “What Ever happened to Baby Jane“. E assim se passam dias sem vos responder ao comentários ou escrever posts decentes, mas perdoem-me sim, que estes filmes é a única coisa de jeito que tenho feito diariamente, o resto é só trabalho, uma seca.