Friday Link Pack com cheirinho Natalício e que vai sair numa quarta-feira (excepcionalmente)

A Família Forsight deseja-vos um excelente Natal!
A Família Forsight deseja-vos um excelente Natal!

Esta sexta é dia 25 de Dezembro, não é uma sexta qualquer.

É a sexta-feira do ano em que se celebra o nascimento do Menino Jesus para quem é Católico como eu, ou pura e simplesmente o dia em que se reunem as famílias (mesmo que não se gramem e que a união seja pouco consensual) para, à boa Portuguesa, comerem até rebentar bacalhau, polvo, rabanadas e filhozes.

Não é que eu não goste do Natal, palavra de honra que gosto, mas eu sou uma pessoa pouco hipócrita, e custa-me esta “união” encapotada, assim como me custa ter que sair na Passagem do Ano, só porque é dia 31 de Dezembro e é suposto me apetecer sair à noite.

Não estou amarga malta, nem sequer estou chateada ou aborrecida, só quero fazer com que parem 10 minutos pra pensar, e reverem “O que é o Natal”.  Vá lá, parem só um bocadinho, leiam isto, e depois voltem pros Centros Comerciais cheios de gente, se conseguirem 🙂

  • O meu amigo Rodrigo dá 3 ideias excelentes de como recuperar o verdadeiro espírito natalício, seja entre familiares ou estranhos.
  • Eu gostava de dar uma quarta sugestão para limpar o pó aos vossos corações: no dia 25 de manhã, juntem-se todos de pijama à volta da TV e vejam o filme de Natal mais conhecido do mundo (e não, não é o Sozinho em Casa ou o Música no Coração) e mudem a vossa forma de ver a vida e dêem sentido à vossa existência.

Vejam o “It’s a Wonderful Life” (eu sou uma fofinha e estou-vos a dar o link pro filme COMPLETO no youtube).

Se depois de verem este filme a vossa vida não mudar, se não se tornarem irritantemente optimistas como eu, mudo de nome! Tenho dito!

E agora que já vos convenci a viver o Natal verdadeiramente, deixo-vos mais dois ou três sugestões para vos deixar bem dispostos:

 

Espero honestamente que tenham um Natal verdadeiro, estejam onde estiverem, e com isto quero dizer uma noite em que os vossos corações se aqueçam e sintam o verdadeiro amor a pulsar nas veias. Tudo de bom nesta noite que aí vem, eu vou tentar fazer o mesmo que vos sugiro e depois digo-vos que tal me senti, deal?

 

mote 1

Dona Jú, a decoradora escondida

A minha Mãe ADORA a época Natalícia, a nossa casa de Braga fica completamente decorada ao ponto de parecer uma montra de Natal.

Quando se entra em casa, tem-se a impressão de estar num dos andares do Corte Inglês, há presépios, árvores de Natal na parede e no chão, os quartos estão decorados com velas e decorações específicas….é o Texas!

Ou vá, um Mercado de Natal Alemão! 😀

Este ano, vendo que já não havia mais espaço livre para decorar, a minha Mãezinha fez um arranjo especial para mim, para que houvesse um bocadinho dela na minha casa, e como não, um Menino Jesus.

Nós somos de Braga, e lá em casa, todos admiramos arte sacra, e temos o Menino Jesus em tamanho quase natural, à entrada de casa, and let me tell you, é o Menino Jesus mais bonito do mundo! (quando lá estiver tiro umas fotos e mostro-vos). E como não o posso trazer, trouxe uma amostra, mas é a MINHA amostra.

Não é lindo? Obrigada Dona Jú!

 

 

Qual a data certa para montar a árvore de Natal?


Há duas semanas atrás (dia 21 de Novembro) montei a minha árvore de Natal.

Como ia pra Holanda na semana seguinte, e só regressava dia 29 de Novembro à noite, e só tinha esse fim de semana livre, montei tudo e fiquei satisfeita com o resultado final, e por isso postei no Facebook da Andorinha, e primas e amigas comentaram: já?!

Ontem uma amiga minha postou a árvore de Natal dela, feita a dia 29 de Novembro, e uma amiga dela comentou: já?!

Mas afinal qual é a data ou momento certo para montar a árvore de Natal?

Os Holandeses só a montam depois do Sinterklaas porque o São Nicolau é que entrega as prendas nas meias penduradas na lareira, logo a árvore não faz sentido.

Mas e nós, Tuguinhas de gema, temos alguma data específica pro fazer?

Honestamente não sei a resposta correcta, espero que ma dêem na caixa de comentários, porque o “já?!” não me serve!

 

 

O último a sair que apague a luz!

Foi isto que me disse um amigo do meu irmão depois de eu lhe relatar a minha chegada ao aeroporto do Porto.
Eu fui no dia 22, sábado, a pensar que teria um dia mais calmo que a sexta-feira.
O avião estava cheio, mas está sempre. É um Fokker 100, não cabia nem mais uma agulha lá dentro.
Levei os 3 cães comigo e quando cheguei ao Sá Carneiro fui buscar os cães à bagagem sem formato.
Lá estavam a Petzi e o Bitoque completamente histéricos. A Juicy tinha ido na cabine comigo na mochila vermelha. Estava lá também um piloto giro à brava que me pediu pelas alminhas pra eu tirar os cães da caixa pra ele os ver e eu fui uma otária e libertei-os. Foi o caos. Fizeram logo xixi (limpa Sofia!) e o Bitoque fez cócó no caminho pra saída. Apanhei o “sim senhor” do chão (já disse que fui muito estúpida ao libertá-los?), deitei-o no WC e segui com os dois pela trela e a Juicy às costas. A Petzi lembrou-se de largar o calhau a meio do corredor “Nothing to declare”. Lancei mão dos lenços de papel novamente e apanhei o dito cujo do chão.
Furiosa comigo mesma e com o giraço do Piloto, saio pela porta das chegadas e fico cegueta com os flashes e os telemóveis todos apontados a gravar o vídeo da chegada de alguém que não era eu.
Costumam estar umas cem pessoas por lá àquela hora.
No dia 22 estavam certamente bem mais de 300 a puxar pras 500.
Nunca tinha visto tanta gente naquele aeroporto. Estava tudo à espera dos filho(a)s, maridos, amigo(a)s. Tinha aterrado também um avião que vinha de Lisboa e outro de Londres. E eu a ser filmada porque tinha um cão numa mochila e mais duas gotas de água no chão. De repente há um senhor e uma moça que desatam a bater palmas à minha passagem.
Eu não sabia se rir ou se chorar. De repente aparece-me à frente uma amiga da Candeia. “Olá, tás boa?”; “Eu estou, e tu?”; “Estou à espera do João, está em Londres, mas vamos passar o Natal cá em cima”; “Ah.” (cabeça a mil: pois Sofia, faz sentido, eles casaram no ano passado, faz sentido, sim, ele foi agora mas ela ainda cá está). “Então e tu Sofia, chegaste agora mesmo não foi?”. “Maria, tenho um cagalhoto no bolso”.

Acho que ela pensou que eu tinha andado a fumar o que não devia antes de me meter no avião, mas eu estava era a suar por quantas tinha porque estava demasiado agasalhada pros 12 graus do Porto, stressadíssima porque os cães estavam histéricos porque apanharam um susto enorme na descolagem (de tal modo que se ouviu os latidos deles na cabine) e ainda por cima estava naquele preciso momento a chegar à conclusão que a reportagem que tinha lido no ionline naquela manhã não era exagerada como eu pensava.
Estava completamente siderada, em transe, eu não queria acreditar. Não tinha palavras.
O ionline foi à Portela entrevistar as pessoas que chegavam pro Natal: a nova vaga de emigração apenas comparável à dos anos 60.
Este gajos dramatizam sempre, fonix! Que exagero! Também não é preciso tanto!
Ou assim pensei até aterrar e ver aquele espectáculo todo.

Chegada a Braga larguei os cães em casa e vim pra rua onde decorriam a festa de encerrramento de Braga Capital Europeia da Juventude. Fui ter com o meu irmão. Comigo estavam os meus Primos mais novos de 24 e 27 anos. Foi a primeira vez em 16 anos que nos juntamos os 4. Um vive em Angola, e eu aqui. Os nossos irmãos em Portugal. Finalmente juntos e com idade pra beber uns canecos e assim foi.
O meu irmão estava num jantar com os amigos dos tempos da faculdade. Todos eles de Economia e Gestão. Eles tinham montado os seus próprios negócios, tinham lojas de delicatessen, restaurantes, empresas próprias ou exploravam as dos Pais. Quatro deles tinham emigrado no ano passado.
A pergunta que mais se ouvia na rua não era o típico Bracarense “E quê?”, mas sim “E tu, onde estás?”. Moçambique (resmas, paletes, contentores de Bracarenses em Moçambique, acho que o Farol, o Viana e o Bracara lá devem lá estar em peso), Angola, Rio, São Paulo, França, Suíça, Londres e como não, Holanda.
Inacreditavelmente, no dia em que celebravam a Juventude de Braga, nas ruas só se via malta da minha idade ou mais velha. “São os que ainda têm algum poder de compra porque se aguentaram bem no tempo das vacas gordas e ainda têm bons empregos; ou então emigraram já com emprego garantido e as coisas correm bem. Como tu”. Esta foi a resposta que levei quando me espantei pela quantidade de gajos da minha idade que vi na rua. Todos mais gordos e muitíssimo mais carecas, já agora. Ser mulher é altamente. Aquilo era a festa da mangueira. Por cada seis homens havia uma mulher. Outra que também não entendi.

E foi assim que relatei a loucura do aeroporto. Que relatei o meu espanto com esta profusão de emigrantes e gente espalhada pelo mundo inteiro e o Gil me disse: pois é, isto agora está assim. O último a sair que apague a luz.

Sai um robe quentinho pra mesa 3 oh faz favor!!

A minha querida Maezinha encontrou em casa dela um robe que me ofereceu ha uns 4 anos e que eu nunca mais tinha visto. Posto isto decidiu oferecer-me algo que ela considerou bem mais util e mais uns trocos que vao dar pra eu compensar parcialmente as UGGs que os meus terroristas roeram.
Ora pois entao ca fica a foto e facam como eu: riam-se a bom rir!
E se o vosso coracao parar quando virem as botas, nao se preocupem, a mim aconteceu-me o mesmo. Depois passa.
O que importa e’ eu estar bem preparada pra ter sempre a casa impecavel pro mariduncho que nao tenho, qual anos 60. Nem a vossa avo’ bate a minha Mae aos pontos!

O “berdadeiro” emigrante

Traz consigo uma mala a mais so pra poder fazer chegar ao Pais de acolhimento as delicatessens da santa terrinha, a saber: um belissimo queijo da serra, um kilo de presunto, couves Portuguesas e tronchudas pra congelar nao va apetecer um cozidinho a Portuguesa, 4 ou mais chouricos e alheiras e se ainda conseguir traz vinho e aguardente feita pelo Primo, Tio ou Avo.
Eu, alem disto tudo (excepto o vinho) porque ja nao havia peso que aguente ainda trouxe: um mini-aspirador, uma maquina pra cortar o pelo aos caes e outra pra secar os xuxus e 5 livros novoa. E la estao 21 kilinhos e uma emigra muito satisfeita!

É Natal, já compraste as prendas pra toda a gente e vais deixar a Mão Amiga fechar? Como te sentes?

COMUNICADOA Casa de Acolhimento Mão Amiga vem informar todos os seus amigos, colaboradores, voluntários e simpatizantes da situação delicada que enfrenta esta Associação.De forma inesperada foi posta em causa a sustentabilidade da Associação não nosparecendo viável e possível a curto prazo encontrar uma alternativa para financiar a continuidade do nosso trabalho e actividade.Este facto abrupto, que lamentamos, é alheio à nossa vontade e compreensão, e pode resultar no encerramento de um projecto de longa data e colocar um ponto final na história da nossa Instituição.Todos os dias durante a nossa actividade, foi feito um esforço e investimento de meios e pessoas foram dando o seu tempo, a sua dedicação e a sua imagem para um trabalho digno, honesto de protecção e cuidados especiais a crianças que nos foram confiadas, com o objectivo de lhes proporcionarmos um presente protector e um futuro promissor e mais risonho.Deste modo cumpre-nos desde já agradecer a todos os que colaboraram com esta causa, a todos os que estiveram presentes connosco ao longo dos anos, que muito fizeram para nos confirmar que a solidariedade existe.É difícil de aceitar que este projecto termine desta forma quando ainda tanto poderia ser feito e sabendo o quanto é necessária esta resposta social.Pela primeira vez em onze anos de existência concretizámos um projecto que em muito valida o nosso trabalho: a nossa Agenda 2013.Pelo exposto apelamos a todos os que nos quiserem apoiar e ajudar a assegurar os cuidados às 14 crianças acolhidas que adquiram a nossa Agenda personalizada por, no mínimo, 5 Mãos Amigas. Toda a ajuda é bemvinda. A Direcção

Dinâmica Mãe e Filha há 36 anos

Mãe – Sofia, o que queres de prenda de Natal?
Sofia – Quero uma coisa que vi no outro dia na net que é um cabo pro telemóvel que é assim uma espécie de armação que dá pra por o telemóvel enquanto estou a cozinhar e ainda é à prova dos dentes dos cães (isto)
Mãe – Não sei comprar dessas coisas!
Sofia – Pronto, então dá-me um robe quentinho.
Mãe – Já te dei um a ti e outro ao teu irmão e da Benetton!
Sofia – Isso foi há quanto anos?
Mãe – Aiiii, ainda há bem pouco tempo!!!
Sofia – De cor é que eram? Azul? Laranja?
Mãe – Não me lembro….
Sofia – Se calhar porque os compraste muito grandes e tivemos que os ir trocar, lembras-te?
Mãe – Então é um robe que queres?
Sofia – Sim. Pode ser dos Pinto’s ou da feira, não faz mal, quero é que seja quentinho e do meu tamanho.
Mãe – Tá bem.

Quanto é que querem apostar que quando for a abrir a prenda de Natal vai lá estar uma camisola, ou outra coisa qualquer, tudo o que a ela lhe passe pela cabeça…menos o robe!
Nada como ser do contra. Pra próxima tenho que lhe dizer: dá-me tudo menos um robe!!! Limpinho que recebo um!

Sofia, a remar contra a maré maternal há 36 anos.