Andorinha vai a Queluz ver o Marcelo e acaba estendida na praia

Este sábado passado fui com uma amiga e as duas netas até ao Palácio de Queluz.

Mea culpa, nunca lá tinha entrado, e confesso que não sabia da sua existência para lá da placa que via há anos na A5. Tudo começou com uma visita aos primos na semana anterior, e ao ter-me enganado por causa do “estúpido” (GPS, entenda-se), fui sair mesmo em frente ao Palácio, e estupidificada pensei: isto é enorme! Tenho que cá vir!

E como gosto muito de fazer de turista no meu próprio País, no sábado agarrei nas minhas três amigas e às onze da manhã, num dos dias de Inverno mais gloriosos de 2016, entramos para nos deixarmos surpreender.

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Posso-vos dizer com honestidade que acho que Versailles não lhe fica nada atrás, e que o Palácio é ainda mais bonito que alguns que já visitei na Alemanha ou em Itália. Os jardins são magníficos, e pode-se comprar bilhete só de exterior caso não queiram ver os tesouros de D. José I e Dona Maria I, ou o quarto onde morreu D. Pedro I do Brasil. Mas olhem que valem a pena!

Almoçamos por lá, na cafetaria que só tem um prato à escolha pra almoço e saladas ou sopas, mas onde a comida é bem feita e caseira, e podem usufruir da esplanada.

Foi uma manhã tão, mas tão bem passada, que já não esperava nada, quando cheguei a casa e o Carlos e a Marta me desafiaram para ir até à praia na linha. Peguei na Família Forsight, e fui com eles até à praia da Poça. Estava um dia tão magnífico que as esplanadas estavam cheias de gente. Andamos por lá a instragramar, e deixei os estarolas correrem sem trelas atrás dos pássaros, por cima das rochas, onde eles se equilibravam bem melhor que eu durante a maré baixa.

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Completamente satisfeitos, bebemos uma imperial e malhamos uns tremoços para acabar a tarde em beleza, e viemos pra casa jantar marisco feito pelo Carlitos. Sim, que depois de um dia assim, há lá coisa melhor que rematar o dia com umas ameijoas à bulhão pato e uns camarões, acompanhados dum Cabeça de Burro?

Deslizaram que nem ginjas!

Bora sair? Tás maluco! Eu agora é cineminha! Serão de sofá e filme, e melhor remate impossível.

Posso-vos dizer que foi claramente um dos melhores dias do ano até agora!

Não sei se já vos disse, mas… daqui (Portugal) não saio, daqui ninguém me tira!!!

Te acuerdas de esa flor?

Pues no, la verdad es que no. Pero qué más dá? Si es importante para ti al cabo de 15 años, es importante para mi!

Qué más da que todos tengamos los mismos recuerdos? Lo qué importa es qué los tengamos.
Cada uno se acuerda de como nos hemos marcado, como si fuéramos tan sencillamente vacas de un mismo tiempo y un mismo dueño.
Se han pasado 15 diablos años, toda una vida de amistades, nuevas y viejas, de matrimonios, de hijos, de divorcios, de muertes y vidas transcurridas y qué sé yo de ti?!
Pues conozco tu carácter íntimamente, lo qué hay de bueno y lo de qué hay de malo, pues aunque no me creas, sigues siendo el mismo. 
Sigo pudiendo reconocer tu risa de felicidad, tus momentos de tristeza,  reconocer lo cuanto has evolucionado y madurado, más aún, puedo leer tu alma.
Como me lo sé? 
Porque cuando comí en tu casa vi el cariño qué ponías en esa comida única.
Porque cuando íbamos al Tio Molónio los domingos y nos reuníamos como una familia, algo me transmitías, aunque fuera la soledad.
Porque cuando nos enamorábamos éramos esencia pura, igual qué cuando amparé tus lágrimas cuando te desilusionabas.
Porque las emociones estaban constantemente a la flor de la piel, y me las sé de memoria.
Me las sé todas? Tio, pero se han pasado 15 diablos años!!! Por supuesto qué NO!
Pero sé las suficientes para entenderte y leerte cuando pasas el umbral de mi puerta y me abrazas.
Como si en el entonces, fué ayer.