Cheguei à conclusão que as pessoas se ligam às outras por anos infinitos, mesmo quando já não estão apaixonados, porque acham que aquele ser algures no tempo é que foi o correcto, e é que é o tal e o mais que tudo.
Este sentimento, não nos enganemos, é regra geral algo unilateral, porque quando é bilateral as pessoas continuam juntas, ou pelo menos tentam. E conheço casos desses, e acreditem que acabaram unidos e foi muito bonito. Depois veio o dia-a-dia em que descobriram que o outro não era perfeito, mas isso são outros 500 Os verdadeiros amores sobrevivem. Acredito.
Quanto mais me contam, quanto mais vivo, mais chego à conclusão que (infelizmente) há pouca gente que saiba amar, que acredite e entenda que a felicidade deles aparece ao fazer o outro feliz. As pessoas querem quem as faça feliz a elas e não se lembram de querer fazer feliz o outro.
Conheço paletes de casais como devem imaginar e aqueles que se separaram normalmente dizem-me: porque ela/ele não me fazia feliz porque nunca pensava em mim e nas minhas necessidades, só havia as dele/dela.
Ora aqui vem a parte do eu e do nós. Eu faço-me feliz a mim mesma e posso fazer outrém muito feliz sem me anular. Aliás, eu só posso fazer alguém feliz se EU for feliz em primeira instância.
Mas voltando à vaca fria, no dia em que eu encontrar algum das minhas ex-paixões que não esteja comigo pra MEU bem, eu venho cá reportar-vos.
E abençoados sejam aqueles que têm alguém algures que se separou porque achou que não os conseguia fazer felizes, porque continuam a ser amados, mesmo que à distância.
Eu sabia que ia ficar a bater mal.
Coisas que só me acontecem a mim
Já agora e completamente a propósito
Tenho saudades de dormir de mão dada contigo.
Dez anos depois
Assim de repente, que eu me lembre, foi a primeira vez que me ofereceste uma música. É bom saber que quando a ouves te lembras dos nossos vinte anos. É bom saber que sentes a minha falta. É bom, muito bom saber que ainda hoje é comigo que desabafas e com quem partilhas os teus medos mais profundos e as tuas maiores alegrias. É bom quando me dizes que gostas de mim porque um dia eu disse-te que te ia amar todos os dias até ao dia em que eu morresse. Dizeres-me que gostas muito de mim é o mesmo que eu ter a certeza que quando te amei a sério um dia, não foi em vão.
The girl who couldn’t date.
Eu não sei como se tem um date, não sei fazer parte de um.
Reajo muito mal (mecanismo de defesa em alerta máximo) quando alguém que eu mal conheço se mostra interessado em mim e tenta marcar um date.
Sendo simpática, dou um certo ar de louca e atabalhoadamente corro com as pessoas, tentando ser smooth. Nem sempre consigo a parte do “de levezinho”, mas é mais que certo que ponho a milhas em questão de minutos um candidato com grande potencial. Sou toda uma expert.
Depois sou péssima porque fico cheia de pena do dito candidato, porque afinal há que dar valor ao facto de ele ter tido coragem de me telefonar, mas nem assim.
Ontem telefonou-me um rapaz que conheci num jantar há duas semanas. Muito simpático, um verdadeiro amor. Pediu o meu número delicadamente aos meus amigos, e pra azar dele, disse-lhes que tinha gostado imenso de mim. Quando dei por ela estava tudo armado para o colocar em posição de míssil, que é como quem diz, convidado para festas de amigos comuns, o meu número de telefone entregue, tudo com muito boa vontade dos meus amigos que estão mortinhos por me ver andar com alguém que preste.
A gaita é que eu fico logo arcada como os gatos e começo a bufar e andar às arrecuas. Detesto estas situações.
Eu sei que é bom moço, eu sei que conversamos ao jantar e que foi fixe, mas e que tal deixarem-me estar sossegadinha no meu canto?
O rapaz lá reuniu as suas forças e telefonou-me ontem. Galo do caraças, estava de saída e apanhou-me num momento em que eu precisava basicamente de voar em cima da bina. Ora eu não sei conduzir a bicicleta e falar ao telemóvel, por isso despachei o moço que ficou de ligar hoje.
E hoje voltou a ligar. À minha pergunta: so, how can I help you? depois de um longo silêncio ouvi um “I don’t know where nor how to start saying this”. Entrei em pânico. Vinha de lá um convite, e havia que evitá-lo.
Comecei a falar normalmente sobre coisas banais como o fim de semana e lá dei corda ao rapaz que me foi contando mais um bocado da vida dele durante 20 minutos. Quando comecei a ver o relógio a passar começar a ficar verde. Any minute now!
E vai daí e digo-lhe muito rapidamente que vou ter que desligar porque ainda não jantei nem tomei banho e que hoje ainda não tinha feito outra coisa que matraquear (tudo verdade) e que lhe ligava um dia destes (EU ligava, nota bem!) pra combinar um copo.
O desgraçado nem percebeu bem o que tinha acontecido. Num momento estava a falar comigo muito bem, e no seguinte eu estava a despachá-lo.
Ficou super encavacado e disse que esperaria, que sim senhora, e bye bye.
E eu hei-de telefonar. Não sei quando, talvez quando achar que o entusiasmo já lhe passou e que podemos ser amigos.
A merda é que um date é um momento em que conheces alguém melhor. Fazes amigos, porque não? But I can’t date.
Eu faço amigos num ápice no sítio mais inóspito, não preciso de um date. Porque raio é que hei-de precisar de um pra fazer amigos? Ou o que é pior, pra arranjar um namorado?
Naaaah, não me parece.
Por último, é preciso estar-se preparado para se querer uma relação. E eu não estou. Nem sei se quero estar. Ou se vou estar.
Tenho a certeza absoluta que o meu amigo novo vai fazer uma rapariga muito feliz. Just not me.
(e agora tenho que parar de me auto- flagelar por ter andado com tantos atrasados mentais e ter despachado sempre boas pessoas. Shit happens, and you know it.)
Não há mesmo coisa melhor no mundo. Nem sexo.
Já viste este filme vezes sem conta, sempre na televisão e não resisto. Sento-me e comovo-me. Duas vezes. Uma quando a Josie explica o que se sente quando um beijo é especial, e a segunda quando ela entra no estádio à espera que ele apareça.
Ver a partir do minuto 5:
O grande hit que foi este filme deve-se, tal como na sequela do Twilight, ao facto de dar a reviver a tanta gaja, o seu primeiro amor. Aquele que foi o mais puro e o mais original. Geralmente a primeira paixão de que temos lembrança, quando o coração quase que explodia quando o víamos e achávamos sinceramente que aquele rapaz era o mais giro do liceu e a última coca-cola do deserto!
Todas nós temos saudades do sentimento que nos motivava os sonhos. Temos vontade de sentir aquele arrepio pelas costas, a falta de força nas pernas, a doçura, sim, a doçura dum beijo dado pela pessoa por quem nos apaixonamos, acima de tudo temos saudades de sabermos e sentirmos que aquele beijo é tudo aquilo que nos é permitido…por isso o beijo é importante. Nesse momento o beijo não é um preliminar, o beijo é onde se coloca a alma.
Tenho tantas saudades dum beijo desses. Com tanto marmanjo com quem andei, tive direito, em 35 anos, a UM beijo assim. E não foi nos meus tempos de liceu, nem foi o meu primeiro beijo. Também não foi do meu maior amor . Mas ainda hoje lhe digo que foi o beijo da minha vida. O próximo que me beijar da mesma forma, é O gajo. Podem ter a certeza que se eu sentir que as nossas almas estão na boca um do outro, o gajo é meu! Forever and ever!
Não há mesmo coisa melhor no mundo. Nem sexo.
A confiança
Vou precisar de “tratamento médico” pro meus oss e nunca mais vai ser o mesmo.A partir de hoje isto vai-me acontecer muitas muitas vezes. Mas não vai ser uma dorzinha, vai ser uma dor, ponto.