A nova página da Andorinha foi feita a pensar em si

Perfil da Andorinha

Uma dose de Andorinha por dia, não sabe o bem que lhe fazia!

Bem-vindos ao site da Andorinha Sofia, estou mesmo muito contente por vos receber neste espaço novo porque é mesmo muito meu.

Foi pensado e desenhado para mim, por dois amigos que pra meu espanto me conhecem muito melhor do que eu pensava.

Escolheram as minhas fotos favoritas sem eu saber, desenharam o logo ideal com que me identifico totalmente e sem uma única dica minha e criaram este site inteirinho a meu pedido, onde vos vou continuar a falar dos meus cães, das minhas viagens, de como é trabalhar na Holanda e do meu regresso a Portugal.

Eu escrevi os textos de apresentação que é a minha especialidade, mas esta belezura de espaço que agora vos acolhe foi concebido pela Xana e pelo Miguel a quem agradeço de coração todo o tempo dispendido a aturar-me.

E o Facebook da Andorinha também já existe e está ligado ao site novo, é clicar “like” “oh fais favô” e recomendar aos amigos, Pais, primos, tias e cunhados, principalmente se estes forem dos que precisam de doses massivas de boa-disposição 😉

Então agora faz favor de começar a trocar e actualizar os feeds nos vossos readers, sim?

Preparem-se que a Andorinha vai voltar ao activo com os Diários de Viagem do Irão e da América Central, e vai continuar a inspirar-vos semanalmente e a contagiar-vos com a sua irritante boa-disposição e delicioso mau feitio.

 

Andorinha

O meu trajecto favorito por Amesterdão – O que (realmente) fazer na cidade dos charros e do Red Light

Em 6 anos recebi uma média de um casal de amigos por mês. E isto é uma média porque nos últimos dois anos a coisa esteve bastante tranquila, mas nos primeiros quatro cheguei a ter pessoas a sair e outras a entrar no mesmo dia.
Os meus amigos chamavam à minha casa: Fifinha Four Seasons, delegação de Amesterdão.
Acho que este nome mimoso pros meus vários palácios diz tudo.
Como é de supôr, se no início acompanhava toda a gente, ao fim da décima quinta passagem no Red Light e quarta visita à casa de Anne Frank, e vigésima passagem pelas Coffeeshops, passei a recusar veementemente por as patas em algum destes sítios, e implementei o sábado como O dia em que eu ia mostrar à malta a Amesterdão de que EU gostava e que não vinha nos guias turísticos.
Levava-os ao Albert Cuypt, depois passeavamos no Pipj, íamos dar uma perninha ao FOAM, o meu museu favorito, a seguir íamos ao Joordan e às 9 ruas, depois subíamos por Amsterdam Centraal pra ir direitinhos à Biblioteca Nacional, bebíamos uma jola num barzinho magnífico todo hippie-trendy que não tem turistas (a loucura em Amesterdão!), e se desse ainda deitava um olhinho à Sinagoga Portuguesa, e acabava invariavelmente na Brouwerij ao pé da Dam Square ou no Pizzabakkers a jantar.
No sábado de manhã recebi um email do Filipe Morato Gomes a perguntar-me: o que achas deste trajecto para 24 horas em Amesterdão?
Quando o leio dei um salto na cama! Alguém tinha descrito O MEU TRAJECTO!
– Filipe, quem é que escreveu isto? Foi alguma amiga minha?
– Não sei, és amiga da Filipa Chatillon?
– Não, mas ela só pode conhecer alguém que eu conheço, porque estes são os meus sítios favoritos.
– Isso quer dizer que gostaste do texto?
– A ver se nos entendemos: isto está tão bom, que a partir de agora não dou mais dicas sobre Amesterdão que não incluam este roteiro.

E hoje, com fotos e tudo, foi publicado “24 horas em Amesterdão” no Alma de Viajante, e eu partilho convosco para que possam partilhar também com outros e outros e outros, e acima de tudo livrarem-se de ir bater nos sítios mais cliché e mais deprimentes da cidade e terem uma opção de passar um dia giro em Amesterdão, em vez de cortarem os pulsos enquanto amparam a cabecinha do vosso amigo que decidiu fumar um charro pela primeira vez na vida.
Sucess allemal!
Well done Filipa e Alma!

PS: O Fifinha Four Seasons está reservado para a minha família e amigos, por isso se quiserem lá ir, reservem um hotel em Amesterdão na Booking.

Aulas de Holandês em Portugal/Lisboa

Anteontem apanhei um vírus gastro-intestinal.
Eu tenho um estômago de ferro, apesar das intolerâncias. Mas não resistiu a um restaurante de Sushi all you can eat. Mark my words: NEVER AGAIN.
Bom, adiante. Ontem tinha aula de Holandês no ISCTE das 20 às 22.
Custou-me muito ir. Estava zonza, a minha barriga fazia barulhos estranhos, o meu cérebro estava indisponível para absorver o que fosse, e estava com os azeites à séria.
Mas como era a última aula antes do teste final, fui.
E cheguei a dizer que me ia embora mais cedo e fiquei a aula toda.

E isto só aconteceu porque a professora é cinco estrelas. E já não é a primeira vez que vou pra aula a arrastar os pés, porque vamos lá ser honestos, quem é que no seu perfeito juízo quer aprender Holandês, pra mais depois de já ter regressado?, e que fico a aula toda, e aprendo e …. gosto!

O CCL não me paga minimamente a publicidade que lhe vou fazer agora. Se o faço é por respeito e consideração à Ellen, que é boa professora, e boa pessoa, e que é a Holandesa mais Portuguesa que conheço.
Talvez superada pela minha amiga Thessa, mas a Thessa cresceu em Portugal, e a Ellen na Holanda, por isso estão, vá, empatadas.

O Neerlandês (Holandês em termos práticos, mas correctamente denominado Neerlandês) é uma língua intragável, mas que é cada vez mais necessária caso queiram arranjar um emprego na Holanda.
Eu sempre disse que se soubesse o que sei hoje, teria aprendido Holandês antes de ir pra Holanda, mas como foi tudo muito rápido e despreparado, fui sem noção. E os cursos de Holandês na Holanda custam 1000€ por mês. Aqui é 50€. É fazer as contas.
POR ACASO até tive sorte profissionalmente e safei-me em inglês durante bastantes anos, mas ao fim de 7 anos não há desculpa para não saber falar a língua do País de Acolhimento.
O que é certo é que eu costumo ser uma pessoa bastante coerente, e disse aos meus Chefes que se algum dia voltasse pra Portugal a trabalhar pra Holanda, que iria aprender Holandês. E assim foi.

Escolhi o CCL porque era mais perto da minha casa e porque era mais barato que o outro (só encontrei mais um) curso que encontrei, mas hoje recomendo-o porque acho que vale a pena, que efectivamente aprendo (e aprenderei, porque vou fazer o segundo ano), e porque acho que faz uma diferença imensa nas minhas relações profissionais.

E finalmente vou deixar de dizer “ik spreek niet nederlands”.

Pra terminar, o CCL faz cursos de verão intensivos, se puderem façam-nos antes de embarcarem na vossa nova aventura emigrante 🙂
E não digam que não vos ensino nada!

Time does fly……..

Faz hoje sete anos que fechei “o meu tasco” na IBM Portugal e que abri “o meu actual tasco” na IBM Holanda.
Era pra ficar dois, três anos no máximo, e já lá vão SETE!!
Dizia a minha Chefe hoje: mas como é que vais festejar sete anos de Holanda se já estás em Portugal?
Oh Chefinha, eu estou a festejar SETE anos a trabalhar com a IBM Holanda!! 😉

Nem me vou atrever a fazer balanços, passou-se toda uma vida desde que mudei de localização, e mais outra vida desde que regressei ao meu País. A única coisa que vos digo com toda a certeza, é que apesar do meu resmunganço habitual relativamente à Holanda, JAMAIS me arrependi do dia em que me meti no avião e me mudei pra Amesterdão.
E como tal esse dia merece ser celebrado, e só por isso…. hoje já não trabalho mais.
Bom fim de semana meu povo!
Pra mim é de 3 dias que segunda-feira o Rei faz anos, e eu vou descansar por Lissabon!
Duuuuuuuuuuuiiii!

Porque é que eu insisto??

O meu chefe tem um pote de barro enorme no escritório cheio de drops, uma merda horrorosa de que só esta gente gosta, e que me faz vomitar porque sabe a remédio, um cruzamento entre oleo de fígado de bacalhau com vitaminas sem sabor a laranja. Um verdadeiro noooooooojo.
Mas às vezes tem lá gomas das normais, e eu fui lá buscar uma, e vi uma cor-de-laranja e pensei: esta não é preta, tá tudo bem.
Pois não está. Tive que o cuspir fora, quase me vomito em pleno escritório.
Mas porque é que eu insisto ao fim de quase 7 anos?
(Dia 25 de Abril faz sete anos… como diabos se passaram 7 anos?)
Está aqui explicado, e com muita graça, o que são dropjes e a paranóia Holandesa com estes.

And I’m back! E só pra abrir as hostilidades, em vez de falar do Sócrates (it made me sooo happy!), vou mostrar os do’s and don’t dos Holandeses

1) Do not be late.  Ever.  For anything. Under any circumstances.  Not even if you call ahead. Really, seriously.  Don’t be late.

2) Do not “just drop in”; do not “just come by”, do not expect that, if you see someone you know out and about, that you will be invited to join their table.  It is not exactly a faux pas to invite somebody to join yours; but they will look at you funny and visibly recall that you are foreign.  Do not expect to be fed when invited over unless food is specifically mentioned.

3) Do not cancel, ever.  Please see #1.  For this one you may be forgiven if you are actually in hospital.

4) Do not use hyperbole.  Spontaneous compliments are also likely to startle the person you are complimenting and people literally do not know what to do with them..

5) Do not start a conversation by asking what people do for a living.  Instead, ask them what they did on their last vacation.  Or what was their favorite vacation.  

6) Do not touch people.  They don’t like it in general; or it will be interpreted as a come-on. (Be warned about flirting; Dutch men at least are likely to take you rather more literally than you might expect.  I never flirted with Dutch women so I can’t tell you). 

7) Shake hands when you meet somebody and say your name.  Look everybody in the eye, all the time.  The eye contact thing in Holland is a thing you get used to; it is hard to lose the impression that you are being stared or glared at.

8) If you are walking down the road and you hear a ringing sound behind you, it’s a bike.  Get the hell out of the way.  They will in fact kill you.

9) That crowd of people at the cash register is actually a line.  Do not walk through the crowd to pay, they might kill you for that, too.

Daqui.

Alice no País das Maravilhas

Tenho um colega de quem gosto muito, é um senhor já com 50 e muitos anos, foi militar e por isso é muito exigente e faz sempre tudo by the book, e normalmente não é muito sociável, ou melhor dito, não se dá a muitas confianças.
Um dia, a meio duma reunião em que estavamos os dois engalfinhados a discutir uma ideia, ele pergunta-me se já li a Alice no País das Maravilhas.
Sim, e não há muito tempo, achei o livro maravilhoso!
Pronto, e assim conquistei a simpatia dele, que acha que o Alice in Wonderland é um dos melhores livros de todos os tempos, e que se adapta sempre a todas (ou quase todas) as circunstâncias da vida.
Vai daí, meia volta solta uma pérola, e esta foi a última.
Depois de 300 mil emails trocados para resolver uma questão pendente há meses, e que só ficou resolvida agora quando eu finalmente consegui deitar as unhas à coisa. E quando pensava que estava tudo resolvido, houve mais um revés, e ele mandou-me o seguinte:

A quote to lift up your spirits….

“How puzzling all these changes are! I’m never sure what I’m going to be, from one minute to another.” 

or do you prefer this one….

“But I don’t want to go among mad people,” Alice remarked.
“Oh, you can’t help that,” said the Cat: “we’re all mad here. I’m mad. You’re mad.”
“How do you know I’m mad?” said Alice.
“You must be,” said the Cat, “or you wouldn’t have come here.” 

Eu escolhi a segunda, we are all mad 🙂

Comparações

Espectacular: http://www.oecdregionalwellbeing.org/

Se tivesse mais tempo disponível, dava-me ao trabalho de dissecar e retirar conclusões dos dados de Portugal vs Holanda, mas não tenho. E quem diz Holanda, diz outros países.
Por isso deixo-vos o link, e vejam por vocês mesmos e saquem daí as devidas conclusões.
Só pra apimentar a coisa, achei fantástico que o rendimento médio per capita em Noord Holland (zona de Amesterdão) fosse de 13 mil e poucos euros, e o de Portugal (Lisboa) fosse de 12 mil e tal.
Será que mil euros por ano (não chega a 100 euros por mês) nos fazem um país muito mais pobre? Ou será mesmo a pobreza de espírito que nos faz mais pobres?
Hum, decisions, decisions!