Ontem estava a falar sobre a minha mudanca de casa e comecei a contar as coisas que aprendi a fazer sozinha desde que vivo na Holanda e que em Portugal jamais me atreveria, e … quase cai de costas:
– furar paredes de betao
– pendurar quadros e cortinas
– pintar uma parede (nunca mais, custa horrores!)
– mudar de casa e empacotar as tralhas todas
– plantar cenas no jardim
– montar mobília sozinha
…….
Enfim, todo um processo de aprendizagem que me faz ser ainda mais válida, como dizem os Espanhóis 😀
Estou há dois dias em Amesterdão…
…e estou cheia de saudades das minhas bolas de pêlo.
Obrigada à fotógrafa que me ofereceu esta foto da minha princesa Petzi. |
E ontem quase venho pro escritório a nado, o edifício do escritório inundou no rés-do-chão e houve gente a fazer da rua uma piscina e a boiar em colchões de ar.
À tarde o sol brilhou como se não se tivesse derramado todo em lágrimas durante 12 horas seguidas. E eu aproveitei pra perder o autocarro e suar que nem uma parva dentro das roupas quentes escolhidas durante o dilúvio da manhã. Apanhei o seguinte, só foi uma hora de espera, não há stress.
E é isto. Ando a contar os dias pra voltar a Lisboa para as 500 mil cenas que tenho pra fazer debaixo do sol, como o Out Jazz, conhecer os novos spots no Intendente e o Mercado da Ribeira, fazer parte dum grupo de leitura (finalmente!), correr pra meia maratona do Banif com a Fernandes, levar os meus cães pra um curso de obediência pra ver se faço deles estrelas da TV, ou então vá, que aprendam a ir buscar-me um café logo de manhã, coisas assim, coisas que me apetecem fazer, na minha língua, no meu País, com as minhas pessoas.
Acho que a frase é: Holanda, perdoa-me, enjoei de ti. Estou, sou, sempre fui, apaixonada por Lisboa.
É HOJE que volto a viver em Portugal!!!
Happy em Amesterdão, pra mostrar que agradeço muito à cidade onde fui feliz, mas Lisboa é a minha casa e é o amor da minha vida!!
Sunshine she’s here, you can take away
I’m a hot air balloon, I could go to space
With the air, like I don’t care baby by the way
Because I’m happy
Clap along if you feel like happiness is the truth
Because I’m happy
Clap along if you know what happiness is to you
Because I’m happy
Clap along if you feel like that’s what you wanna do
Yeah, give me all you got, don’t hold back
Yeah, well I should probably warn you I’ll be just fine
Yeah, no offense to you don’t waste your time
Here’s why
Clap along if you feel like a room without a roof
Because I’m happy
Clap along if you feel like happiness is the truth
Because I’m happy
Clap along if you know what happiness is to you
Because I’m happy
Clap along if you feel like that’s what you wanna do
Can’t nothing, bring me down
Love is too happy to bring me down
Can’t nothing, bring me down
I said bring me down
Can’t nothing, bring me down
Love is too happy to bring me down
Can’t nothing, bring me down
I said
Clap along if you feel like a room without a roof
Because I’m happy
Clap along if you feel like happiness is the truth
Because I’m happy
Clap along if you know what happiness is to you
Because I’m happy
Clap along if you feel like that’s what you wanna do
Clap along if you feel like a room without a roof
Because I’m happy
Clap along if you feel like happiness is the truth
Because I’m happy
Clap along if you know what happiness is to you
Because I’m happy
Clap along if you feel like that’s what you wanna do
Can’t nothing, bring me down
Love is too happy to bring me down
Can’t nothing, bring me down
I said
Clap along if you feel like a room without a roof
Because I’m happy
Clap along if you feel like happiness is the truth
Because I’m happy
Clap along if you know what happiness is to you
Because I’m happy
Clap along if you feel like that’s what you wanna do
Clap along if you feel like a room without a roof
Because I’m happy
Clap along if you feel like happiness is the truth
Because I’m happy
Clap along if you know what happiness is to you
Because I’m happy
Clap along if you feel like that’s what you wanna do
O meu muito obrigada às Mãezinhas do Ivo e do Edgar
Os vossos filhos são umas jóiinhas de educação, prestabilidade e limpeza!
Sinto-me uma grande privilegiada por partilhar casa com este dois elementos.
Também quero agradecer às exs que os treinaram tão claramente bem, e compuseram a educação das mamães aos rebentos.
A todas: MUITO OBRIGADA!!!
Ass: Sofia-a-colega-de-casa-mais-mimada-do-universo-e-arredores e Petzi, Juicy e Bitoque aka-os-cães-com-mais-sorte-do-universo-e-arredores.
O Kings Day
Este fulano é inglês, tem um sentido de humor genial – as usual – e ainda por cima escreve bem que se farta.
Aparentemente saca miúdas a potes pelas holandas e depois escreve as dicas possíveis a todos aqueles que vivem cá ou que nos visitam nas Lowlands, para que todos possam ter direito a uma parte do quinhão, que ele não é invejoso!
Fez esta descrição do King’s Day que achei deliciosa e super verídica, é um must read: King’s Day fairytale.
Enjoy!
Não estou gorda, não é uma pila, é mesmo o meu cinto, tá? |
Eu quero-me ir embora, mas comprei uma casa na Holanda e agora estou entalado porque o mercado está em baixa….
Não, não estás.
O meu querido amigo Edgar decidiu dedicar-se a alugar a e por a render a casa dos outros, uma vez que teve tanto êxito quando pôs a dele no airbnb, e fornece agora os serviços que vocês precisam pra estarem xogaditos no fim do mundo (até na Austrália, Ceres 😉 ) e terem a vossa casa a render nas Holandas por um bom preço.
Eu não digo isto muitas vezes, mas eu pelo Edgar ponho a mão no fogo. E eu não ponho a mão no fogo por quase ninguém. A meia dúzia que me conhece pessoalmente sabe o quão importante é eu dizer esta frase.
Se querem um property management: Edgar Durão.
Também é sempre uma boa falarem com ele quando estão de malas aviadas na direcção Tugo-Holanda pra saberem se há alguma casa disponível para alugarem temporariamente enquanto assentam arraiais. O Edgar não é nenhuma agência de aluguer, mas pode facilitar o contacto dos senhorios ou saber de algum spot.
Ele escreveu-nos (aos amigos) em inglês para que pudessemos passar a palavra, e vão-me perdoar, mas vou deixar em inglês mesmo que é pra poderem passar também aos vossos amigos.
Basta partilharem este post com quem quiserem.
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24/7 available
Pop-up restaurant Repéré em Amesterdão
É díficil explicar-vos o QUANTO gostei deste restaurante.
– Pra início de conversa o menu são 30 euros, o que para Amesterdão pode ser considerado barato.
– Em segundo lugar, e só um estrangeiro que cá viva é que consegue avaliar bem a dimensão do que eu vou dizer: nós sentamo-nos para jantar às dez da noite, ou seja, a cozinha do restaurante esteve aberta até à meia-noite seguramente. Desafio-vos a procurar um restaurante com cozinha aberta até à meia-noite em Amesterdão ou na Holanda inteira!
– Fomos servidos com uma eficiência que nunca vi na Holanda, não foi preciso abanar os bracinhos à procura do empregado de mesa nem uma única vez. Veio tudo a tempo, esperaram até que voltassemos do break de esfumaçantes e a comida foi servida ao mesmo tempo e estava quente! wooow, this doesn’t happen in Amsterdam!
– Era noite de Carnaval, não havia ninguém na rua, mas em frente ao Repéré estava uma série de gente que me fez lembrar uma noite de Bairro Alto, tendo em conta que não estava propriamente calor, julgo que é fácil entender o meu espanto.
– Por último, nunca comi tão bem nesta cidade, desde o pato na entrada, até ao porco que parecia saído dum programa de televisão do Bourdain, até à sobremesa que foi servida em camadas e que estava soberba.
O restaurante é lindo, a comida fantástica, o ambiente extraordinário e é preciso reservar com umas semanas de antecedência. E aviso desde já, este restaurante é Pop-up, logo vai cessar a sua existência dentro de um ou dois meses.
Fica na Prinsengracht 422 em Amesterdão.
Têm aqui a página do Facebook: https://www.facebook.com/repereamsterdam
E aqui umas fotos dos pratos:
Duck – soberbo!p |
Herring – pra quem gosta de peixe fumado, uma verdadeira delícia. |
O espaço |
A sobremesa de chocolate |
O porco que estava dos Deuses. |
O bacalhau fresco cuja dona do talher gabou imenso. |
O parto vegetariano com feta que estava delicioso. |
Timothy Oulton ou a loja que me vai levar à falência…
Este fim de semana tive a visita de três amigas e depois de um magnífico brunch feito pelo Chef Ivo, fomos cirandar pelas 9 Straatjes e juntou-se a fome à vontade de comer e foi shopping time…..
Eu estava ao telefone com o meu irmão que tinha ido ver uma casa pra mim em Lisboa, casa pela qual me apaixonei em Dezembro e pela qual tenho suspirado diariamente…. acredito piamente que depois da casa “ter esperado por mim” durante três meses, que se mesmo depois da proposta que apresentei, não for eu a escolhida para inquilina, é porque não tinha que ser e algo ainda melhor está à minha espera, na Graça, com vista pro rio e jardim. Não aceito menos que isso, tenho dito.
Bem, adiante, o certo é que a conversa sobre a casa deixou-me muito inspirada, e assim que acabei o telefonema apontei pra uma loja de decoração daquelas que têm ar de caras a dar c’um pau, aquelas onde nem sequer entramos com medo de tocar num vaso e arruinar a sequência de viagens dos próximos dez anos, estão a ver o estilo? Chama-se Timothy Oulton e nunca lá tinha entrado.
http://www.timothyoulton.com/usa/en/to/ |
http://www.timothyoulton.com/usa/en/to/ |
As miúdas entraram e eu fiquei cá fora a palrear e já elas estão a sair e entro eu porque a Ana continuava lá dentro a ver uma poltrona em forma de sela, e conhecendo-a como conheço, já estava a imaginá-la a mandar embrulhar uma e pedir-me pra ir buscar o carro a casa pro transporte. A Ana é muito parecida comigo. Não é à toa que somos amigas há tantos anos!
http://www.timothyoulton.com/usa/en/to/ |
http://www.timothyoulton.com/usa/en/to/ |
E eu entro pra salvar a Ana e salivar eu mesma um bocadinho e ponho os olhinhos numa manta a imitar pêlo de raposa, coisa que faz parte dos meus sonhos há anos mas que sou incapaz de comprar porque não quero matar animaizinhos e as falsas são muito mal amanhadas e mesmo assim costumam ser estupidamente caras.
Era uma manta destas:
http://www.timothyoulton.com/usa/en/to/ |
Vejo que a grande (a de cama de casal) custa 270 aéreos e a de solteiro 150. Chamo pela moça e vem de lá uma Holandesa muito alta, muito loira, muito simpática que vê uma Tuga muito confundida:
– Are these the prices? This ain’t fur, is it?
– Yes. No, it isn’t fur.
– Oh great, then can you open one of these for me, I need to choose between the small and the big one, I’m sooo taking one home!
Ela abre a manta, e eu pego numa, sento-me/espalho-me no sofá, ponho-a por cima e digo em alto e bom som:
– I can imagine myself doing all kind of things under this blanket, including sex! ahahaha Miss, I’ll take this one!
Todas as pessoas que estavam na loja desataram à gargalhada, a moça sobe as escadas e pergunta-nos: would you like to have a glass of champagne?
Eu ia caindo de costas. Primeiro pensei que ela estava a gozar, depois disse que sim, com certeza, e a seguir estamos 4 raparigas com taças de champanhe Veuve Clicquot (que eu vim a saber depois que é tão bom como o Moet Chandon) e digo eu: será que ela pensou que eu ia comprar um sofá? É que eu só vou levar a manta! Pedimos uma foto à moça, eu ainda não estava em mim, nunca tal coisa me tinha acontecido numa loja, muito menos na Holanda, muito menos por 150 euros em compras coisa que nesta terra é muito fácil de atingir…
Não posso por as girls na foto, mas pude fazer aqui um truque pra cortar as meninas e ficar eu, enroscada na manta nova, ahahaha
Uma das outras meninas acabou por comprar uma mala linda de morrer em beige, e descobrimos que a moça da loja nos ofereceu o champanhe pura e simplesmente porque gostou genuinamente de nós. Não sei se ela percebeu, mas se a intenção era que nós ficassemos fãs da loja, conseguiu.
Eu ando desde Nova Iorque a namorar estes candeeiros lindos de morrer e muito embora não tenha dinheiro pra dar por um sofá destes, quisás um dia perco a cabeça e o amor ao dinheiro, e gasto 800 biscas num candeeiro de pé daqueles que está ao pé da poltrona em forma de sela…..
Só vos digo malta, fãzérrima! Se eu conseguir negociar a dita casa em que tenho o olho em Lisboa então, aí é que vai ser o desconcerto total, qual IKEA qual carapuça, eu agora quero é champanhe do boooem! lol
http://www.timothyoulton.com/usa/en/to/ |
Note-se que eu sou uma moça muito coerente, eu sempre disse que adorava viver nos anos anteriores à Primeira Grande Guerra, se fosse rica como as pessoas da Downton Abbey… mas afinal eu gosto é deste estilo Inglês….
Hoje, quinta-feira 27 de Fevereiro, A Loja apresenta Barbara Gil Pereira em Amesterdão
Não é uma loja qualquer, é A Loja de Gourmet trazida até Amesterdão.
A Érica, o Tomás, o Jordi e Alexandre que são família, irmão, marido e Pai da Érica, decidiram abrir uma Loja de Delicatessens Portuguesas com um espaco para expôr também arte Portuguesa.
Hoje é a Madeirense Bárbara Gil Pereira. Convidam-vos pra virem até cá a partir das 18 horas de hoje, mas aparecam quando quiserem pra beber uma bica, comer um pastelinho ou uma sandocha.
Há mais na página de Facebook deles: https://www.facebook.com/alojaportugese
Do que é que eu mais gosto na Holanda
Podíamos falar do preço das flores que é tão baixo que me permite ter flores em casa todos os dias, ou da frontalidade que os caracteriza, podíamos falar de eficiência nalgum que outro processo burocrático ou da informatização de tudo o que os rodeia, mas eu quero mesmo falar é dos meus Chefes.
Tenho três Chefes, duas mulheres e um homem.
– A minha Chefe funcional, a Ingrid;
– A minha Chefe de recursos humanos, operacional, vá, que é a Monique;
– O Chefe das minhas duas Chefes e por inerência, o meu Chefe também, o Michiel (lê-se miggggil)
Ontem mandei um email a um Chefe doutro País pelo qual, com toda a certeza, teria sido crucificada em qualquer País. A minha antiga chefe Belga dizia-me muitas vezes que tinha que melhorar as minhas “communication skills”, aparentemente sou “uma besta” ou em eufemismo: não sou politicamente correcta.
Pois o meu Chefe recebeu o email, e não só o mandou pras hierarquias como acrescentou: a Sofia é uma das melhores profissionais da minha equipa e o que ela escreveu é um alerta que não podem descurar. Recebeu-o um Húngaro que é o Chefe funcional da minha Chefe funcional Ingrid.
O Húngaro mandou-o pro Chefe dele (Holandês) a dizer: acho isto inacreditável, parece uma teoria da conspiração. O Holandês respondeu ao meu Chefe Michiel dizendo: não aceito este tipo de emails e comportamentos na minha Equipa (da qual eu faço funcionalmente parte) e preciso de pessoas que digam “I can do it!”. A Ingrid mandou-me o email como FYI.
E eu, quando li aquela novela que lá ia, depois de 14 horas de trabalho no pêlo ontem e mais quatro horas hoje, a caminho das dez, não fui de modas e peguei no telefone e liguei pro Holandês que é Chefe do Húngaro que é Chefe da Ingrid e em dez minutos expliquei-lhe o conteúdo do email e também, que lhe estava era a salvar o pêlo.
Agora vêm as diferenças, e se preparem:
– Cenário 1 – o que se teria passado noutro País qualquer, principalmente em Portugal:
O meu Chefe directo teria sido trucidado pelo Chefe dele porque ele não tinha mão no recurso (a saber, Euzinha), chefe esse que me teria praticamente degolado pelo conteúdo do email sem sequer me consultar, aplicaria a chamada técnica de chefia de guerra: bate primeiro, pergunta depois.
O problema teria sido passado para segundo plano devido ao facto de eu não ter sido politicamente correcta e o meu email carecer possivelmente de objectividade pouco fundamentada (o que não é verdade, já agora vale a pena sublinhar, mas eu não lhes apresentei um estudo catedrático pra provar o que dizia no email).
Teria de fazer o dito estudo catedrático e posteriormente voltar a enviar novo email, livre de “subjectividade”, e revisto pelo meu chefe, não fosse eu escrever novamente algo politicamente incorrecto. O email seria enviado à minha Chefe, que depois o transformaria, e daí enviado pro Chefe dele, e por aí pra cima. Como o Chefe da minha Chefe e por aí pra cima recebem dezenas de emails, o meu email com o alerta teria levado dois meses a chegar “a Roma”, e o meu projecto ter-se-ia atrasado 4 meses, e os meus chefes massacrar-me-iam com o incumprimento do deadline durante esses 4 meses e os 2 futuros, e dir-me-iam coisas como: enquanto não acabares isso não podes voltar pra Portugal. Clarinho, limpinho, era assim sem tirar nem por. E a responsabilidade do problema passava a ser minha, porque eu devia era ter sido mais objectiva e ter mais communication skills.
Been there, done that. Don’t like it. O que eu faço nestas situações agora não é praqui chamado, mas digamos que eu tenho muita personalidade….adiante!
Cenário 2 – o que se passou hoje e mais concretamente, na Holanda com Holandeses:
O já acima mencionado, ou seja, reforço do meu email enviado para as chefias superiores com um voto de confiança, seguido de vários mal-entendidos. Sofia agarra no telefone e liga directamente pro chefe do Húngaro sem falar com os chefes dela. O Holandês pára tudo e sai duma reunião (isto é extremamente raro!) pra atender a chamada da Sofia, ouve-a com atenção durante 5 minutos, passa os próximos 5 minutos a definir um plano conjunto e programa-se a actividade que resolve o problema pra dali a 15 dias exactos. Dali a 15 dias há um plano, dali a 6 meses já não há a chamada “raiz do problema”. Sofia agradece, o chefe do outro agradece também, e desliga a chamada.
Passado 10 minutos e durante a tarde, Sofia fala pessoalmente com a Chefe Ingrid, com o chefe dela Húngaro, com o Chefe da chefe Michiel, e todos lhe dizem que fez tudo muito bem feito e que é por emails e telefonemas destes que gostam de a ter na equipa.
Sofia não quer acreditar no que lhe dizem, sua boca cai aberta até ao chão provocando uma pergunta do chefe Michiel que quase a atira pra uma síncope:
– Porque é que estás tão espantada por nenhum de nós achar que tu fizeste algo errado? Diz-me Sofia, porque agora estou deveras preocupado: tu achas que nós não te damos valor nesta empresa? (Do you feel unappreciated here?)
– What? I’ve never felt so appreciated in my life! This is why I LOVE working with you guys and I don’t mind doing it for the rest of my life! You even let me do it under my Portuguese sun, what more can I ask from you?!
Sofia recebe de volta um: I’m SO happy you are in my Team!! E um abracinho dos Chefes (juro!! physical touch!), e vem pra casa morta, torradinha destes miolos, mas com uma alegria e um sorriso de orelha a orelha que nem a p… da dor de cabeça que tenho, conseguem arrancar da sua tromba.
Liga à Chefe Monique, diz-lhe que está podre, pergunta se pode folgar amanhã. Do outro lado da linha ouve: Sofia, I completely trust your judgment, if you think its ok to have the day off, please do.
Corolário:
Se não és politicamente correcto, a Holanda é o País pra ti.
Se queres ter liberdade de iniciativa, a Holanda é o País pra ti.
Se atropelas as hierarquias e não tens paciência pra falar com dez chefes até chegares ao gajo que toma a decisão, a Holanda é o País pra ti.
Agora, se queres ter os melhores chefes do mundo, tens que trabalhar na IBM Holanda e eles têm que se chamar Ingrid, Michiel e Monique!
Mas aviso-te, se mos tentares gamar, eu arranco-te a cabeça ó filha da mãe!!
MY PRECIOUS!!!
MINE!!
MIIIIINE!!!
Eu adooooooooro estes Senhores. Muito, muito, muito!